Justiça em um universo benevolente

Pergunta: Segundo a filosofia do Objetivismo de Ayn Rand, o universo é benevolente e o bem, no final, vence. Nenhum dos pontos parece ser claro ou óbvio na ausência de um Deus benevolente. O que não estou entendendo?

Resposta: o Objetivismo é uma filosofia ateísta; não obstante, ela defende que, num sentido específico, o universo é benevolente. Isso não quer dizer, todavia, que o bem sempre vence, mesmo se adicionarmos o qualificador “em última instância”. Em vez disso, ela diz que o bem é potente, e o mal, impotente, o que tem implicações importantes quanto à vitória do bem. Analisemos cada um dos pontos.

Um universo benevolente

A filosofia objetivista rejeita todas as versões do sobrenatural. Além disso, não antropomorfiza a natureza. Quando ela afirma que o universo é benevolente, portanto, não implica que existe algum agente ou poder sobrenatural que olha por você e eu, em particular, ou para a humanidade, em geral, ou que a “mãe natureza” o faça. O universo não tem interesses, planos ou desejos. Ele simplesmente é. E o universo não se adequa aos nossos desejos, medos ou crenças. Ele não se adapta a nós; nós é que nos adaptamos a ele.

Mas o universo segue leis claras e é inteligível. Tudo que existe está sujeito às leis da identidade e causalidade. Tudo que é, é o que é e, portanto, age como age. Se, por exemplo, você soltar um ovo, uma taça de vinho ou uma bola de tênis do telhado de uma casa, o primeiro racha e derrama seu conteúdo, o segundo se estilhaça e o terceiro quica. Cada coisa é algo específico (lei da identidade) e age de acordo (lei da causalidade).

O mundo da natureza é, sem dúvida, muito variado e complexo. Mas se a mente humana proceder lógica, racional e cientificamente, pode lentamente revelar os seus segredos. “Pensar”, escreve Rand, “é o processo de definir identidade e descobrir relações causais”. [1] O resultado é que a mente humana pode entender a natureza da natureza, bem como aprender a remodelar o mundo para servir os propósitos humanos.

À luz da nossa conjuntura atual, pense na escala em que isso ocorre. A humanidade saiu da caverna para a oca, do arranha-céus para a lua. Aperfeiçoamos nosso conhecimento em física, filosofia, biologia, psicologia, engenharia, economia, medicina e muito mais. E utilizamos esse conhecimento para construir ferramentas e produtos que servem à vida – de navios a hidrelétricas, de trigonometria a cálculos avançados, de sinfonias a filmes, de antibióticos e anestésicos a computadores e leitores de digitais, de carros autônomos à inteligência artificial.

Quando o Objetivismo diz que o universo é benevolente, quer dizer que a natureza é o lugar onde a humanidade pode prosperar. Significa, como Leonard Peikoff colocou, que o universo é “favorável à vida humana.”[2]

A premissa do universo benevolente

Para o Objetivismo, o fato de o universo ser favorável à vida humana deveria ser uma verdade que molda a sua alma.

A atitude adequada com respeito à vida é se comprometer a pensar e se esforçar e, então, esperar o sucesso. Dedique-se a expandir seu conhecimento e criar valores verdadeiramente humanos em qualquer escala disponível para você, e você será capaz de viver e prosperar. Alegria e felicidade, embora exigentes, são possíveis e deveriam ser conquistadas – e, então, esperadas, porque expressam a relação metafísica do homem com a realidade.

Você enfrentará muitos desafios e dificuldades em sua vida, mas nenhum impedimento metafísico, nem deuses, destino ou outras forças ininteligíveis estão escondidos nas sombras, conspirando contra você. Pelo contrário, e metaforicamente falando, o universo está lhe convidando a ter sucesso – se você estiver pronto para pagar o preço.

Encarar a vida com a convicção de que, se valores racionais forem perseguidos adequadamente, eles podem e normalmente serão alcançados, é acreditar na premissa do universo benevolente. Obter e, então, sustentar essa convicção ao longo da vida não é fácil, mas é de vital importância. Imbuída em sua alma, essa premissa lhe orienta a confrontar com avidez os desafios da vida, firme no conhecimento de que a mente e ação humanas são eficazes. Fracasso, sofrimento ou tragédia, embora presentes na vida humana, não revelam a natureza do universo ou o lugar da humanidade nele: eles meramente indicam que há muito ainda a ser aprendido e dominado.

É assim que um dos personagens de A Revolta de Atlas expressa essa orientação básica:

Não achamos que a tragédia é nosso destino natural e não vivemos sempre temendo o desastre. Não pensamos no desastre enquanto não temos motivos específicos para esperá-lo, e, quando o encontramos, temos liberdade para combatê-lo. Não é a felicidade, mas o sofrimento, que consideramos antinatural. Não é o sucesso, e sim a calamidade, que consideramos a exceção anormal na vida humana.[3]

Ainda em grande escala, considere o fato que, assim como essa premissa pode estar imbuída na alma de um indivíduo, também pode permear uma cultura inteira, moldando suas figuras, ideias, instituições, atividades e atmosfera dominantes.

Até hoje, segundo Rand, tivemos duas eras no mundo ocidental. A primeira foi no auge do florescimento da Grécia antiga, que produziu avanços intelectuais e artísticos surpreendentes. Ao longo dela, os grandes pensadores ensinaram a humanidade como pensar – pensar de forma lógica, racional, objetiva e científica – e os resultados foram curiosidade voraz e autoconfiança profunda.

Os artistas mais proeminentes de uma cultura refletem e moldam sua perspectiva sobre a vida. Rand escreveu sobre a arquitetura e a escultura remanescentes da Grécia antiga que projetam a atitude metafísica “que desastre são transitórios; e que a grandeza, a beleza, a força, e a autoconfiança são o estado natural e adequado do homem”.[4]

A outra grande era em que a premissa do universo benevolente se tornou um pilar cultural, embora mais inconsistente e travada no início, foi do Renascimento até o século XIX. Esse foi um período em que os gênios intelectuais desenvolveram a ciência matemática e estabeleceram para a humanidade um entendimento previamente inimaginável de conexões causais. Foi nesse período que os gênios produtivos criaram a Revolução Industrial e o capitalismo, conquistando para a humanidade um padrão de vida anteriormente inimaginado.

O auge cultural foi o século XIX, que testemunhou nos países mais livres uma explosão na qualidade de vida – a população e sua expectativa de vida cresceram; novas invenções e produtos foram criados; a arte romântica glorificou o indivíduo. O nosso lema, pela primeira vez na história e cujo significado não pode ser superestimado, foi: progresso. A humanidade não estava confinada à vida de outros animais, isto é, a uma competição selvagem de ciclos eternamente repetidos. A humanidade pode pensar, aprender, crescer e realizar mais e mais.

Muitos destacaram, tal como Rand, que a atmosfera cultural era única: uma atmosfera de boa vontade e benevolência. Primariamente, era a boa vontade individual direcionada a si própria: como indivíduo, posso e devo aspirar ao bem na vida, à busca da felicidade – e com a dedicação ao aprendizado e trabalho duro – eu posso alcançá-la. O corolário disso era uma benevolência profunda para com os que percorriam esse caminho contigo. Juntos – através do conhecimento, comércio voluntário, especialização, negócios, literatura e artes – poderiam cada qual, crescerem como indivíduos. A arte do século XIX capturava essa atmosfera. Ela “projetava”, escreve Rand, “um senso irresistível de liberdade ou profundidade intelectual, isto é, uma preocupação com problemas fundamentais, padrões elevados, originalidade inesgotável, possibilidades ilimitadas e, acima de tudo, profundo respeito pelo homem.”[5]

Essa atmosfera cultural chegou ao fim com a carnificina da I Guerra Mundial e o surgimento de ideologias que negavam a mente e a vida (fascismo, socialismo e comunismo). Na filosofia, ciência política, história, literatura e pintura tinha sido abolida a ideia de que a humanidade estava no caminho de avanços ilimitados. Apenas duas áreas significativas da cultura mantiveram a convicção de que deveríamos lutar pelo progresso e, só então, esperá-lo: o mundo da ciência e tecnologia, e o mundo dos negócios. Toda a riqueza incrível que produzimos e desfrutamos hoje, de smartphones a leitores de digitais, por exemplo, advém desse fato. Tudo isso foi possível porque existiram indivíduos que não se resignaram à noção de que dor e sofrimento são os emblemas da via humana, mas que trabalharam para expandir nosso conhecimento científico e habilidades produtivas, sob a premissa de que, pelo menos, nessas áreas da vida, o sucesso é possível e esperado.

O resultado, como Rand destacou, é que vivemos em uma cultura esquizofrênica. Nos campos da ciência, tecnologia e negócios, razão e objetividade ainda são as forças dominantes e o progresso é esperado (a consequência natural). Nas humanidades e nas artes, incluindo política e moralidade, razão e objetividade têm sido marginalizadas ou abandonadas, e a atmosfera dentro desses campos é totalmente diferente daquela do século XIX.

O bem e o mal

Assim, a ideia de que o universo é benevolente tem um significado especial e uma importância crucial na filosofia objetivista. Mas essa premissa não deve ser confundida com a ideia de que o bem sempre vence, mesmo utilizando o qualificador “em última instância”.

As religiões sempre conduzem essas duas ideias juntas. Uma razão pela qual as pessoas fingem para si próprias que existe outro domínio supernatural, apesar da ausência de evidências, além das contradições reais envolvidas na noção de sobrenatural, é pelo consolo que ele promete. Esse mundo (elas observam corretamente) é repleto de injustiças. Mas existe um tribunal de recurso final, mais elevado. Nesse domínio “superior”, o sofrimento do inocente será retificado, e os maus serão castigados com as punições adequadas, frequentemente descritas nos textos religiosos com detalhes sangrentos. No Dia do Juízo Final, os bons ascenderão às glórias do céu enquanto os maus descenderão ao fogo do inferno. A ideia de uma sentença cósmica é profundamente gratificante.

Contudo, o Objetivismo rejeita todos esses apelos ao sobrenatural por conforto e salvação como errados e autodestrutivos. Embora uma pessoa boa que, de fato, esforça-se para levar uma vida racional e produtiva, deveria esperar sucesso existencial e felicidade pessoal, ela sabe que não existe nenhum executor sobrenatural que garanta esses resultados ou mesmo que mexa os pauzinhos em seu favor. Acidentes, erros, doenças ou desastres naturais fazem parte da realidade da vida humana.

Alguém, por exemplo, pode bater no seu carro, condenando-o a uma cadeira de roda pelo resto de sua vida. Você pode tomar um atalho em trilha e se perder na floresta. Um câncer pode afligi-lo nos melhores anos de sua vida. Um terremoto pode destruir a sua casa, matando você e sua família. ‘Nenhuma filosofia”, escreve Leonard Peikoff, “pode alterar o fato metafisicamente dado de que o homem não é onisciente ou onipotente.”[6]

Mas o que uma filosofia adequada nos oferece é a orientação correta: que a única forma de combater o poder do acidente, do erro, da doença ou do desastre natural sobre a vida humana é através do compromisso persistente em expandir nosso conhecimento e habilidades produtivas. Podemos aprender a criar carros que freiam sozinhos, mapas e compassos, drogas contra o câncer, casas resistentes a terremotos.

Um fato humano, todavia, merece consideração especial: a maldade humana existe. Seres humanos possuem livre-arbítrio. Eles podem e, às vezes, escolhem manipular, enganar, roubar, torturar e assassinar indivíduos inocentes. Nenhuma justiça “cósmica” pode apagar ou resolver esse fato.

A importância crucial da justiça

É por isso que o Objetivismo leva a virtude da justiça tão a sério, uma virtude a ser praticada firme, consistente e implacavelmente nesse mundo, ou seja, aqui e agora.

Não existe nenhuma dimensão sobrenatural em que todo erro será corrigido, todo “pecado será perdoado”. Uma vítima de injustiça pode, com efeito, nunca ser totalmente ressarcida. A vida é medida no tempo: não há como voltar no tempo e remover a dor e o sofrimento experimentado pela vítima. Perpetradores de injustiça podem (e deveriam), de alguma forma, compensar suas vítimas, mas os perpetradores nunca podem recolocar suas vítimas na situação anterior à injustiça. Se alguém acusou falsamente um colega de trabalho, traiu seu conjugue ou fraudou um cliente, o fato é que essa é uma parte da vida das vítimas que nunca retornará.

Como um dos principais personagens em A revolta de Atlas veio a perceber: “Não há como fugir da justiça. Nada no universo pode ser imerecido e gratuito, tanto no âmbito da matéria quanto no do espírito – e, se os culpados não pagam, então são os inocentes que têm de pagar.”[7]

Se você deseja que o bem triunfe, portanto, você não pode entregá-lo para deuses ou karma. É sua responsabilidade. Você deve defender explicitamente e lutar pelo que você considera bom. Justiça, propriamente entendida, é uma virtude exigente. Nós vivemos em uma era de não julgamento, que critica frequentemente o ato e mesmo a própria ideia de julgar moralmente outra pessoa. O conselho do Objetivismo é radicalmente diferente: “Você nunca deve falhar em pronunciar um julgamento moral.”[8] Em todos os comportamentos humanos, cada um de nós deveria trabalhar cuidadosa e conscientemente para separar o bem do mal e, então, apoiar ativamente o bem e punir, expor e destruir o mal. As formas pelas quais fazer isso são variadas, mas o princípio permanece o mesmo. Qualquer coisa menos que isso enfraquecerá o bem e potencializará o mal.

Assim, quando o Objetivismo afirma que o universo é benevolente, ele não está tentando apagar ou minimizar a existência da maldade humana. A história está repleta de mal e injustiça. Escreve Rand: “O homem é a única espécie viva que possui o poder de agir como seu próprio destruidor — e este é o caminho pelo qual ele tem agido através da maior parte de sua história.”[9]

Mas o Objetivismo não concede nenhuma significância metafísica a esse fato. O bem, e não o mal, é eficaz. Os exemplares morais do Objetivismo – não necessariamente na totalidade de suas convicções ou vidas, mas em sua capacidade como pensadores e produtores racionais, são indivíduos como Sócrates, Aristóteles, Arquimedes, Galileu, Michelangelo, Newton, Locke, Vermeer, Jefferson, Madison, Pasteur, Darwin, Tchaikovsky, Edison, Vanderbilt, Rockefeller, Einstein, Gates e Jobs. Esses são os indivíduos que mais avançaram seu próprio conhecimento e habilidade produtiva, e que, consequentemente, fizeram o mundo progredir.

Em contraste, o mal é o irracional, a tentativa de existir sem a necessidade de adquirir conhecimento ou produzir valores. A raiz do mal, segundo o Objetivismo, é “a recusa a pensar – não a cegueira, mas a recusa a ver; não a ignorâncias, mas a recusa a conhecer. É o ato de não focar a sua mente… sob a premissa oculta de que uma coisa não existirá se você se recusar a identifica-la, que A não será A, desde que você não pronuncie o veredicto “A é A”.[10]

Deixado às suas próprias forças, portanto, o mal é impotente e colapsará por si próprio; ele é autoderrotista. Sua existência não é devido ao poder inerente de sua parte, mas à negligência do bom – ao fracasso, intencional ou não, na prática da virtude da justiça. O poder contínuo do mal advém da disposição do bom a tolerá-lo, apaziguá-lo ou encobri-lo. “Em qualquer pacto entre o bem e o mal,” argumenta Rand, “só o mal pode lucrar. Naquela transfusão de sangue que suga o bem para alimentar o mal, quem pactua é o tubo de borracha.”[11]

O mal persiste, argumenta o Objetivismo, por causa da sanção do bem. Assim, o princípio moral crucial no Objetivismo é recusar sempre a sancionar o mal; esse é um aspecto vital da virtude da justiça. Longe de negar a realidade ou extensão da maldade humana, o Objetivismo nos pede para levá-la a sério, identificá-la, entendê-la e se opor a ela. Se fizermos isso consistentemente, testemunharemos a impotência metafisica do mal.

Mas até esse dia, até que a humanidade aprenda a concepção filosófica correta do bem e do mal, e até que os bons decidam praticá-la, o mal persistirá. E cada um de nós tem sua própria vida para viver, agora, então, como indivíduos, devemos aprender a lutar contra diversos tipos de mau, daí a importância do princípio da justiça. Mas explorar os contornos e a profundidade total dessa questão foi uma grande preocupação de Rand ao longo de sua vida, que eu notei em um artigo alguns anos atrás.[12]

Desde o seu primeiro romance We The Living (tradução livre, Nós, os que vivemos) em diante, o ponto de vista básico de Rand está claro. Ela manteve que, embora seja muito desafiador, é possível permanecer psicológica e moralmente intacto e leal à realidade e à vida humana, mesmo sob a ameaça do mal. Um dos artigos mais devastadores de Rand (e um de meus favoritos) é sua descrição penetrante das almas de alguns indivíduos solitários, perdidos no pesadelo soviético, mas capazes de manter sua lealdade à verdade e sua ambição por uma forma de existência humana adequada, pilares da premissa do universo benevolente.[13]

O retrato ficcional de Rand desse mesmo fenômeno é a sua obra We the Living de 1936, que se passa na URSS. A perspectiva do Objetivismo é oposta à da URSS: para perseverar espiritualmente intacto pelos infernos humanos, você não deve se render a ilusões sobrenaturais ou, simplesmente, desistir. Você deve, em vez disso, ter uma devoção clara e sagrada a sua própria mente e vida, bem como aos requisitos inexoráveis da realidade. Através de uma de suas personagens mais envolventes, a heroína Kira Argounova, Rand descreve a natureza dessa convicção metafísica. E, em um final de beleza e poder surpreendentes, a história mostra o que parece permanecer intocado, até o final, pela força do mal ao seu redor.

Embora possa parecer paradoxal, então, se você deseja entender o que Rand quer dizer com a premissa do universo benevolente, e sua importância na vida, leia We The Living, o romance sobre o mal da ditadura coletivista – e reflita sobre o seu final.

Em resumo, não há garantia de que o bem vencerá, mesmo se você adicionar o qualificador “em última instância”. Hoje, por exemplo, existem forças poderosas para o bem no mundo – digamos, no Vale do Silício e no crescimento do comércio internacional pela globalização – mas existem também grandes males, incluindo a ressurgência de várias formas de coletivismo, tais como socialismo, fundamentalismo religioso e nacionalismo. O resultado final não é predestinado.

Mas o que os fatos metafísicos da realidade garantem é que só o bem pode verdadeiramente viver, e que o bem tem o poder para triunfar. Triunfo, todavia, requer um entendimento filosófico total da natureza do bem e do mal (que os romances posteriores de Rand exploram com mais profundidade) e sua expressão consistente na ação: uma lealdade profunda ao bem e uma recusa total de qualquer sanção ao mal.

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Publicado originalmente em The New Ideal.

Traduzido por Matheus Pacini.

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[1] RAND, Ayn. For the New Intellectual. New York: Signet, 1964.

[2] PEIKOFF, Leonard Peikoff. Objectivism: The Philosophy of Ayn Rand. New York: Dutton, 1991. Todo o capítulo 9 é importante.

[3] RAND, Ayn. A Revolta de Atlas. Trad. de Paulo Henriques Britto. Rio de Janeiro: Sextante, 2010. V III, capítulo 2.

[4] RAND, Ayn. The Romantic Manifesto. New York: Signet, 1971.

[5] RAND, Ayn. The Romantic Manifesto. New York: Signet, 1971.

[6] PEIKOFF, Leonard Peikoff. Objectivism: The Philosophy of Ayn Rand. New York: Dutton, 1991. Todo o capítulo 9.

[7] RAND, Ayn. A Revolta de Atlas. Trad. de Paulo Henriques Britto. Rio de Janeiro: Sextante, 2010. V II, capítulo 6.

[8] RAND, Ayn. A Virtude do Egoísmo. Trad. de On Line-Assessoria em Idiomas. Porto Alegre: Ed. Ortiz/IEE, 1991. Capítulo “Como levar uma vida racional em uma sociedade irracional”.

[9] RAND, Ayn. A Virtude do Egoísmo. Trad. de On Line-Assessoria em Idiomas. Porto Alegre: Ed. Ortiz/IEE, 1991, p.31.

[10] RAND, Ayn. For the New Intellectual. New York: Signet, 1964.

[11] RAND, Ayn. For the New Intellectual. New York: Signet, 1964.

[12] GHATE, Onkar. “The Basic Motivation of the Creators and the Masses in The Fountainhead,” Essays on Ayn Rand’s “The Fountainhead, ed. Robert Mayhew. Lanham, MD: Lexington Books, 2007.

[13] RAND, Ayn. Return of the Primitive. New York: Meridian, 1999.

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