O alerta de Ayn Rand precisa ser levado a sério

Ayn Rand escreveu A Revolta de Atlas em 1957 nos Estados Unidos da América, país para o qual ela tinha fugido, deixando para trás família, amigos e uma tirania.

Ela fugiu da tirania dos soviets, dos comunistas que, quarenta anos antes, em 1917, tomaram a Rússia de assalto através de um golpe de estado, rompendo um acordo que pretendia estabelecer uma democracia numa sociedade que só havia conhecido o poder monocrático dos czares.

Em fevereiro de 1926, Ayn Rand chegou em Nova Iorque e logo foi viver em Chicago com parentes até se mudar poucos meses depois para Los Angeles, Califórnia, onde realizaria seu sonho, seu propósito de vida: ser roteirista e escritora, podendo assim mostrar sua visão filosófica da vida para o mundo.

Em A Revolta de Atlas, Ayn Rand cria uma distopia em que aquela que era – e parecia que sempre seria a nação mais rica da história em valores materiais, intelectuais e espirituais – entra em decadência ao abandonar a ética do individualismo em favor de uma cultura coletivista e estatista.

A ficção, que podia parecer exagerada e dramática, hoje se mostra muito mais próxima da realidade do que os leitores de 1957 poderiam conceber. Ayn Rand nasceu há 117 anos, migrou para os Estados Unidos há 96 anos, morreu há 40 anos. Viveu numa época em que nem sonhávamos que teríamos uma pandemia onde alguns czares espalhados pelo mundo todo, instigando o medo, a obediência servil e o dever irracional, violaram direitos individuais e exorbitaram no exercício do poder coercitivo que os governos monopolizam.

Ayn Rand alertou em A Revolta de Atlas que os Estados Unidos e as nações livres se tornariam sociedades decadentes como as repúblicas socialistas, democráticas ou não, que proliferaram pelo mundo desde o início do século XX.

Ayn Rand alertou e não foi levada a sério o suficiente. Cabe a nós aprender a lição e mudar o futuro. Realidade, Razão, Autointeresse, Capitalismo são a receita para vivermos em sociedade como indivíduos livres, independentes, capazes de ter privacidade e civilidade como cabe a qualquer ser humano que sabe fazer uso da sua mente.

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Revisado por Matheus Pacini.

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