Mais reflexões sobre Milei

O discurso de Milei foi positivo. Ele trouxe o capitalismo e a liberdade de volta à agenda. Esses conceitos parecem terem sido esquecidos pela civilização ocidental.

Milei sabe que a Argentina sofre muito com os resultados de más políticas. Ele parece ter convencido muita gente de que o socialismo não é um bom caminho para a prosperidade. Eles terem reconhecido isso é muito bom.

Eu realmente espero que ele tenha sucesso, e recoloque a Argentina no caminho da vida e da prosperidade. Acredito que ele tenha boas ideias em um mar de ignorância.

Mas há algo faltando. Acho que as pessoas já entendem que capitalismo é necessário: mas ainda há aquele gosto amargo, como se fosse um mal necessário, algo que fazemos contra a nossa vontade. Parece-me que Milei usa premissas morais equivocadas para justificar o capitalismo. Ele diz: “Não deixe ninguém lhe dizer que sua ambição é imoral. Se você ganha dinheiro é porque oferece um produto melhor a um preço melhor, contribuindo assim para o bem-estar geral.” Ele usa o utilitarismo: “Ganhar dinheiro é moral porque contribui para o bem-estar geral”.

Acredito que o “bem-estar geral” não é a justificação para alguém usar a sua racionalidade para ser produtivo e ganhar dinheiro. O “bem-estar geral” é uma consequência conhecida do trabalho bem feito, mas não a causa. As pessoas sabem que produzir e ganhar dinheiro não é necessariamente o “bem-estar” geral, e seria hipócrita dizer isso. Se o “bem-estar geral” for o motivo, o capitalismo perdeu.

Não acredito que Steve Jobs inventou o iPhone por causa de alguma aspiração humanitária. Henri Ford não criou o automóvel e a linha de montagem dessa forma. Tomas Edison não estudou a eletricidade e descobriu a lâmpada porque queria fazer o bem a toda humanidade. Eles queriam um produto bom criado com base nos seus julgamentos, na conquista de merecida autoestima e felicidade com o sucesso. Eles mudaram a vida de bilhões de pessoas como consequência, não como causa.

O capitalismo só vencerá se as pessoas reconhecerem que são seres racionais e que a vida e a felicidade exigem delas dedicação total na busca dos seus valores. Para fazer isso, eles precisam estar livres da força. A vida é sobre a felicidade de quem vive. A vida não é sobre sacrifício.

Uma moralidade racional serve às pessoas como um guia sobre como o homem pode viver e ser feliz como um ser racional, e não como um bandido que vive parasitando outros. O capitalismo apenas permite que isso aconteça. As consequências para o bem-estar e prosperidade da nação livre não são mera coincidência.

As pessoas precisam aceitar conscientemente e emocionalmente. Números e gráficos não são suficientes.

O capitalismo terá vencido quando um presidente for capaz de dizer estas coisas. Ainda não chegamos lá, mas pessoas como Milei podem nos poupar um tempo precioso. Ele trouxe a Liberdade e direitos individuais (capitalismo) de volta à mesa… agora é hora de justificá-los moralmente.

 

O objetivo da moralidade é ensinar você, não sofrer e morrer, mas desfrutar dela e viver.”

Ayn Rand

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