A estupidez “progressista” não deve ser combatida com a estupidez “reacionária”. A resposta que li ao discurso de Michelle Williams, durante o Grammy Awards, ilustra muito bem esse ponto.
O movimento “progressista” – que nada tem a ver com progresso – defende com frequência a ideia totalmente irracional de que a estrutura familiar tradicional oprime as mulheres. Essa é uma ideia que tomaram emprestado dos marxistas, sem levar consigo o contexto original da busca pela destruição dos valores burgueses. Esse movimento promove a falsa ideia de que a sociedade é “patriarcal” (centrada no homem) e que, para ser livre e feliz, uma mulher deve colocar sua carreira no centro de sua vida – uma neurose que chamam de “independência”.
Essa é uma ideia essencialmente má, pois ignora o valor de ter filhos e constituir uma família, e tem como base uma rejeição prévia ao valor da vida humana. Essas ideias permearam o discurso de Williams, tanto explícita quanto implicitamente, e é por isso que ele não pode ser defendido integralmente. Grande parte da crítica ao seu discurso se baseia na ideia de que a maternidade é a coisa mais importante na vida de qualquer mulher.
Uma gravidez pode ser algo maravilhoso, ou pode ser uma tragédia: valores não são intrínsecos, mas contextuais. As pessoas são diferentes. Nascem com naturezas diferentes, desenvolvem interesses diferentes, e fazem escolhas diferentes. Se abster de ter filhos – inclusive através do aborto – para focar na própria carreira é dar o devido valor tanto à mulher, que é um fim em si mesma, e não um pedaço de carne cujo propósito é reproduzir; quanto à criança, que é um ser racional em desenvolvimento, e precisa ser cuidadosamente criado – e não apenas jogado no mundo sem qualquer planejamento.
Uma mulher não é uma máquina de trabalho em guerra contra os homens. Uma mulher não é uma égua reprodutora cujo propósito é criar alguém contra a sua vontade. Uma mulher é um ser racional, com a capacidade de escolher os seus próprios valores.
Para uma visão mais detalhada sobre a moralidade do aborto, e como o direito de escolha protege a sacralidade da vida, vale a pena ler esse artigo de Ben Bayer.
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Revisado por Matheus Pacini.
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