Tem um vídeo no canal Quebrando a Cara, digo, Quebrando o Tabu, que perverte mais uma vez a linguagem para nos fazer crer que o fato de sermos brancos é um privilégio. Isso tem um nome: racismo.
Brancos e negros, ou seja lá qual for a discriminação social do momento, não têm privilégios nem desvantagens por sua identidade que lhes é dada congênita e naturalmente.
Se você é branco, não deve se sentir culpado por isso. Se você é negro, também não. É irracional alguém se sentir culpado por algo que não depende da sua ação.
Privilégio não pertence aos campos da metafísica, da epistemologia e da ética. Privilégio ou desfavorecimento, coisas antagônicas, pertencem ao campo de política, referindo-se a ações pelas quais alguém é favorecido com ganhos imerecidos cujo custo é involuntariamente bancado por terceiros que são desfavorecidos por medidas coercitivas imorais e injustificadas.
O racismo é uma forma de coletivismo, podendo ser exercitado por qualquer indivíduo – ou grupo de indivíduos – independentemente de suas características particulares.
Racismo não diz respeito apenas à cor da pele, mas também a outras características que formam a identidade da pessoa discriminada, com exceção do seu caráter.
Ser branco ou negro não é motivo de orgulho ou vergonha, não é privilégio nem desfavorecimento. Você deve sentir vergonha se for racista e orgulho se for alguém que olha para os princípios, valores e ideias – e não para as características metafisicamente dadas a outros indivíduos como você – que colaboram na formação de seu caráter.
Mesmo indivíduos inteligentes e talentosos por natureza não são privilegiados. Mesmo aqueles que se esforçam e trabalham para criar valor, florescer e realizar seus sonhos não são privilegiados porque tudo o que conquistam não é alcançado através da violência contra os direitos de alguém.
A vida em uma sociedade livre não é um jogo de soma zero em que privilegiados ganham em detrimento dos desfavorecidos. Em uma sociedade livre cada um ganha aquilo que faz por merecer e obtém o que busca por uma questão de justiça.
Privilégios e desfavorecimentos são resultados de intervenções estatais baseadas na subjetividade e isso sim deve ser condenado.
Ninguém tem culpa de ser branco ou negro, as pessoas têm responsabilidade apenas sobre aquilo que decidem fazer no exercício da sua liberdade. O resto é retórica segregacionista.
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Revisado por Matheus Pacini.
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