Primeiro, dizem que o egoísmo, colocar o próprio interesse sobre o interesse dos outros, é um vício, uma imoralidade. Então, quando você busca satisfazer seu autointeresse, eles o acusam de viciado e imoral, esperando que você sinta culpa e deixe cuidar de si, cuidando dos outros, vivendo uma vida de abnegação.
Se essa intimidação sentimental não funcionar, redefinem o conceito egoísmo, substituindo seu significado verdadeiro, cuidar de si, satisfazer seu próprio interesse, pelo que egoísmo não é, fazer mal aos outros, obter o que você deseja de qualquer jeito, mesmo que seja com mentiras, trapaças ou uso da força.
Então, não o acusarão apenas de viciado e imoral, mas também de criminoso.
Um egoísta verdadeiro, que deseja satisfazer seu autointeresse realizando seus sonhos e propósitos para buscar a própria felicidade, não pode se engajar em ações que levam a sentimentos contraditórios.
Agir fazendo o mal, para o próprio bem, tem consequências nefastas para quem assim age. Egoístas não se envolvem em interações de soma zero, em que, inevitavelmente, para um poder ganhar, outro deverá perder.
Egoístas podem e devem observar as consequências remotas de seus atos, porque toda ação deletéria que promoverem, por uma questão de justiça, repercutirá negativamente em seu próprio ser, logo depois da satisfação efêmera.
Egoístas de verdade, para obterem não apenas uma satisfação imediata, mas sim uma felicidade duradoura, precisam realizar ações que criam valor, ações transformadoras que utilizam suas próprias mentes e seus próprios corpos para obterem algo útil, algo interessante para si e o mundo, trazendo à existência aquilo que não existia antes.
Sem a criação de valor, não é possível satisfazer uma necessidade, engajar-se em ações cooperativas, realizar trocas livres e voluntárias que geram lucros para todos, resultando em agregação de valor e formação de riqueza.
O altruísmo é a antítese do egoísmo. Altruístas são pessoas que elegem o sacrifício como virtude, seja o autossacrifício, ou o sacrifício dos outros. Como o autossacrifício, para os altruístas, demonstra nobreza, fica implícito que aqueles que exigem o sacrifício alheio, estão lhe oferecendo a oportunidade de alcançar a nobreza.
Quem reclamaria do sacrifício tendo sido convencido de que a abnegação, voluntária ou forçada, é um ato de nobreza? Ninguém.
Obviamente, os que promovem o altruísmo exigindo o autossacrifício alheio querem satisfazer o seu próprio interesse, mas essa satisfação, por se dar sobre um vício condenável, não pode ser confundida com o egoísmo verdadeiro, o egoísmo racional.
O verdadeiro egoísta, o egoísta racional, é aquele que jura não viver pelo altruísmo, jura não viver do sacrifício alheio, jura não viver pelo autossacrifício.
Uma vida sustentada pela coerção, seja pela iniciação do uso da força, seja pela prática de fraude, mentiras e trapaças, não é a vida de alguém que se deve respeitar.
Quando alguém lhe disser que a sua felicidade é imoral, porque pelos seus próprios meios, você encontrou o que é belo, o que é verdadeiro e o que é seu por direito, não seja enganado.
Se cederes àqueles que querem lhe incutir culpa por viver para satisfazer seus próprios interesses, terá que viver eternamente com uma culpa imerecida porque a natureza do ser humano exige que cada indivíduo, cada um de nós, satisfaça seu autointeresse para existir como o ser racional que só os seres humanos podem ser.
Viver a vida em sociedade deve ter um único sentido, buscar a própria felicidade através da interação livre e voluntária com quem julgamos ser possível criar, produzir, trocar valores materiais, intelectuais e espirituais capazes de gerar mútuo benefícios.
Não se deixe culpar. Satisfaça seu autointeresse sem sacrificar ninguém. Assim, terás uma vida feliz.
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Revisado por Matheus Pacini.
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