No parágrafo mais importante do seu discurso de posse, Bolsonaro declarou suas metas como presidente da República, aspirações legítimas do povo brasileiro:
1. Libertar o Brasil do socialismo.
2. Libertar o Brasil da inversão de valores
3. Libertar o Brasil do gigantismo estatal.
4. Libertar o Brasil do politicamente correto.
Vivemos sob a égide do socialismo, a despeito do que pensam os jornalistas da mídia tradicional.
O Brasil é uma sociedade de economia mista, combinando características do socialismo e do fascismo. Aqui não existe livre iniciativa, uma vez que nada pode ser feito sem que o governo outorgue permissão expressa. Aqui não existe livre mercado, muito pelo contrário. Além de a violência fazer parte, diariamente, das relações interpessoais, o governo que deveria extirpá-la é o primeiro a promovê-la.
O Brasil é uma sociedade juridicamente instável e insegura. Aqui não existe propriedade privada, tudo é regulado minuciosamente e tributado pesadamente. A legislação, via de regra, é produzida fora do legislativo pela burocracia. As leis são incontáveis, confusas, contraditórias, violentas, abusivas, subjetivas, retroativas, autoritárias e desumanas, pois para serem atendidas demandam o sacrifício da vida, da liberdade e da busca da felicidade.
Socialismo é o sistema onde o governo escraviza o indivíduo, colocando-o a serviço do coletivo, da sociedade, do partido, da oligarquia ou da elite que está no poder. Socialismo advém de uma ética niilista e deletéria. Entre os valores que sustentam esse arranjo político está o do sacrifício individual, conhecido por altruísmo; o que vê o indivíduo como um meio a serviço de terceiros, conhecido por coletivismo; e o que dá primazia ao Estado sobre o indivíduo, hierarquizando a sociedade como se o governo fosse dono do nosso destino, conhecido por estatismo.
O gigantismo estatal tornou insustentável e insuportável a vida no Brasil. Essa combinação disfuncional que agiganta o Estado e expolia a riqueza arduamente criada por quem produz valor, estabelece privilégios à custa dos direitos individuais de todos. Mandar na vida alheia, impondo que se siga uma política de correção comportamental tornou-se prática corriqueira.
Os privilégios decorrentes corrompem a moral e pervertem a política, incentivando a tirania tanto do estado perante a sociedade, como do comportamento individual daqueles que se acham privilegiados, que entendem que o governo deve lhes dar segurança absoluta, inclusive limitando a liberdade e a propriedade dos outros, de modo que desfrutem do estado de bem-estar social pelo simples fato de existirem.
As metas são corretas e exigem ideias e ações pertinentes.
Conciliar, politicamente, sua fé religiosa e seu nacionalismo, altruístas e coletivistas, com a ética do individualismo, privatista e liberal, ação primordial para estabelecer uma sociedade baseada na livre iniciativa, na propriedade privada, no estado de direito e no livre mercado, será o grande desafio do Bolsonaro.
Para alcançar seus propósitos ele terá que adotar, além de “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, “Liberdade acima de tudo e a razão acima de todos”.
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Publicado originalmente em Instituto Liberal.
Revisado por Matheus Pacini.
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