Valores supremos resumidos em “A Revolta de Atlas”
Para viver, o homem deve considerar três coisas como valores supremos que regem sua vida:
- Razão
- Propósito
- Autoestima
A Razão como sua única ferramenta para o conhecimento.
O Propósito como sua escolha pela felicidade, para que essa ferramenta seja utilizada para alcançá-la.
Autoestima, como a inviolável certeza de que sua mente é competente para pensar e que sua pessoa é digna de ser feliz – o que significa ser digna de viver.
Estes três valores implicam e requerem de todas as virtudes humanas:
- Racionalidade
- Independência
- Integridade
- Honestidade
- Justiça
- Produtividade
- Orgulho
Racionalidade é o reconhecimento de que a existência existe, e que nada pode ser mais importante que o ato de percebê-la, ou seja, pensar. Nada pode alterar a realidade, e a razão é um absoluto que não permite o descompromisso. O atalho para o conhecimento, que é a fé, não passa de uma simplificação que destrói a mente.
A Independência é o reconhecimento do fato de que a responsabilidade de pensar é sua, e nada pode ajudá-lo a fazê-lo. Nenhum substituto pode pensar por alguém, assim como nenhum suplente pode viver a nossa vida. A pior forma de autodegradação e autodestruição é a subordinação de nossa mente à de um outro.
Integridade é o reconhecimento de que nada pode falsificar a nossa própria consciência. Assim como a Honestidade é o reconhecimento de que não se pode falsificar a existência. De que o homem é uma entidade indivisível. Uma unidade integrada de dois atributos: matéria e consciência. E ele não pode permitir brecha alguma entre corpo e mente, entre ação e pensamento, entre vida e convicções. Ele não pode sacrificar suas convicções aos desejos dos outros, mesmo que toda a humanidade o suplique e o ameace.
Justiça é o reconhecimento de que não se pode falsificar o caráter do homem, assim como você não pode falsificar o caráter da natureza. De que o homem tem que ser tratado pelo o que é, e ser tratado em consequência. Assim como não se paga um preço mais alto por um pedaço de entulho do que por uma peça de metal precioso, não se pode valorizar mais um corrupto que um herói.
Produtividade é a nossa aceitação da moral, nosso reconhecimento de que escolhemos viver. Que o trabalho produtivo é processo pelo qual nossa consciência controla nossa existência. Um processo de constante aquisição de conhecimento e modelação da matéria para servir nossos propósitos; de traduzir uma ideia é uma forma física, de refazer a Terra à imagem dos nossos valores; de que todo o trabalho é criativo se realizado por um mente pensante.
Orgulho é o reconhecimento de que você é o seu maior valor, e que, como todos os valores humanos, ele deve ser conquistado. Todos os objetivos alcançáveis a você, o objetivo que torna todos os outros possíveis, é o da criação do teu próprio caráter. De que o teu caráter, tuas ações, teus desejos, tuas emoções, são produtos das premissas sustentadas pela tua mente. De que, assim como um homem deve produzir os valores físicos de que necessita para manter sua vida, ele também deve adquirir os valores de caráter que fazem sua vida valer a pena. De que, assim como o homem é um ser que gera sua própria riqueza, ele também é um ser que gera sua própria alma.[1]
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Revisão de Matheus Pacini.
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[1] RAND, Ayn. A Revolta de Atlas. Trad. de Paulo Henriques Britto. Rio de Janeiro: Sextante, 2010. p. Volume III, p. 340-343.