honestidade é o reconhecimento do fato de que o irreal é irreal e não pode ter valor, de que nem o amor nem a fama nem o dinheiro são valores quando obtidos de modo fraudulento; de que uma tentativa de adquirir um valor enganando a mente de outrem é um ato que eleva suas vítimas a uma posição acima da realidade, um ato por meio do qual vocês se tornam marionetes da cegueira das vítimas, escravos da condição delas de seres que não pensam e fogem da realidade, enquanto a inteligência, a racionalidade e a perceptividade delas passam a ser os inimigos que lhes inspiram medo; de que não interessa viver como dependente, principalmente quando se depende da estupidez dos outros, ou como um tolo cuja fonte de valores são os tolos que ele consegue enganar; de que honestidade não é um dever social, não é um sacrifício por amor aos outros, e sim a virtude mais profundamente egoísta que se pode praticar: é se recusar a sacrificar a realidade da própria existência em prol da consciência enganada dos outros.[1]

 

autoestima é a confiança no poder de pensar do indivíduo. Ela não pode ser substituída pelo poder de enganar do indivíduo. A autoconfiança de um cientista e a autoconfiança de um charlatão não são estados intercambiáveis, e não advêm do mesmo universo psicológico. O sucesso de um homem que lida com a realidade aumenta a sua autoconfiança. O sucesso de um charlatão aumenta o seu pânico.

o charlatão intelectual só tem uma defesa contra o pânico: o alívio momentâneo que encontra ao ter sucesso nas próximas fraudes.[2]

 

honestidade intelectual consiste em levar as ideias a sério. Levar as ideias a sério significa que você pretende viver por, isto é, praticar, qualquer ideia que você aceita como verdadeira.[3]

 

honestidade intelectual [envolve] saber o que se sabe, expandindo constantemente o próprio conhecimento, e nunca se evadindo ou falhando em corrigir uma contradição. Isso significa: o desenvolvimento de uma mente ativa como um atributo permanente.[4]

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revisado por matheus pacini

publicado originalmente em ayn rand lexicon

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[1] rand, ayn. a revolta de atlas. trad. De paulo henriques britto. Rio de janeiro: sextante, 2010. V iii, p.341

[2] rand, ayn. “the comprachicos” in return of the primitive: the anti-industrial revolution, p. 181

[3] rand, ayn. "philosophical detection” in philosophy: who needs it, p.16

[4] rand, ayn. "what can one do?” in philosophy: who needs it, 201

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