Quando estabelecemos prioridades, assumimos um risco. Se, por algum motivo, você não termina o que se propôs a fazer, experimenta sentimentos negativos.
No mínimo, sentirá tristeza por ter ficado aquém de suas expectativas.
Se fatores externos assumirem o controle de sua vida, a ponto de impedi-lo de cumprir suas metas, você se sentirá frustrado.
Se, em retrospectiva, você avaliar que poderia ter resolvido um problema de outra forma – “Por que não recusei?” “por que não pensei nisso?” ou ainda “por que não chequei a lista?”, você se sentirá culpado.
A culpa é emocionalmente desgastante. Ou pior, é uma forma de sofrimento. Ela nos faz recuar, refletir e descansar um tempo para depois recomeçar.
O medo de sofrer impede que identifiquemos prioridades, esgota-nos e nos faz temer uma autocrítica em caso de falha.
Vivenciei tudo isso e sei como dói, porém encontrei uma alternativa.
Lidar com a culpa e a frustração de forma construtiva ajudou-me a cumprir minhas prioridades.
A culpa nada mais é do que um sinal de que cometemos algum tipo de erro; “porém, o mais importante é que você o reconheça.”
A natureza do erro pode advir de:
- ação contra seu código de valores
- conclusão equivocada de violação de seu código de valores
- inconsistência em seu código de valores
A culpa é uma emoção baseada em um julgamento moral. Sua crença em si próprio como uma pessoa boa é desafiado quando você se sente culpado. É autodestrutivo negá-la.
Não concluir prioridades evidencia o sentimento de culpa em nós, pois lembramos o que fizemos, o que deixamos de fazer e o que nos levou a isso.
Se a culpa e a frustração são intensas, a mente não consegue pensar claramente.
A habilidade de fundamentar as emoções sem suprimi-las é crucial, já que traz objetividade e clareza sobre os valores por trás de suas ações.
Em outras palavras, julgamos melhor o que fizemos.
É gratificante constatar que não somos culpados e, se for algo realmente importante, buscaremos a solução.
Porém, se erramos, não faz mal lamentar o fato. Basta que, em seguida, decidamos repará-lo, aproximando-nos do que queremos ser. Tal atitude reforça o senso de orgulho – sua ambição moral – e nos dá confiança para seguir em frente.
Redirecionar o foco para o que almejamos permite-nos encontrar nossos valores, ao invés de evadir temerosos a realidade.
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Publicado originalmente em Thinking Directions.
Traduzido por Hellen Rose.
Revisado por Matheus Pacini.
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