Não sejam esnobes ou soberbos. Tenham orgulho!

Orgulho não é soberba, nem esnobismo. Não existe fora de um determinado contexto, nem é baseado numa comparação com terceiros.

Em seu primeiro contato com o Objetivismo, muitas pessoas – em especial, aquelas que tiveram uma criação hostil ao orgulho, em uma família religiosa ou coletivista – ficam chocadas com a afirmação objetivista de que o orgulho é uma virtude fundamental. Normalmente, essas não têm uma definição objetiva do termo, mas uma imagem mental evocada pela palavra “orgulho”: a imagem de uma pessoa narcisista, que crê estar sempre certa ou ser intrinsecamente melhor do que as outras. Essa imagem está equivocada.

O orgulho não é um fato primário, mas uma consequência da racionalidade, ou seja, da escolha individual de exercer sua faculdade racional. Com honestidade intelectual, é possível chegar à conclusão de que somos indivíduos, e não há alternativa ao fato de que precisamos fazer as nossas próprias escolhas. Agindo racionalmente, é possível produzir os nossos próprios valores. O orgulho é o reconhecimento de que, devido à natureza do homem enquanto indivíduo racional, ele é seu valor mais elevado, com potencial de ser magnífico – e ninguém tem o direito de exigir o seu sacrifício.

Por outro lado, a soberba é uma imitação irracional e intrinsicista do orgulho – a premissa implícita de que a pessoa é inerentemente boa, ignorando o contexto necessário à ideia de bondade. A soberba não é um tipo de orgulho, mas o seu oposto. É a inversão da ideia de que “posso perceber a realidade, logo, posso realizar grandes feitos e ser grandioso”, resultando no seguinte pensamento: “minha grandiosidade é axiomática, logo, qualquer coisa que eu fizer será grandiosa, independentemente da realidade”. Não passa de uma forma de primazia da consciência.

O esnobismo é a crença de que a pessoa é melhor que os outros. É uma forma de “pensamento de segunda mão” e, portanto, oposta ao orgulho. Uma pessoa orgulhosa é individualista – reconhece a si própria como seu valor primário, seu próprio critério de valoração, precisando apenas da própria validação. Um esnobe tem o outro como padrão de valor, e precisa se comparar ao outro para validar sua imagem própria.

Uma pessoa orgulhosa jamais rejeitaria os fatos da realidade, cuja percepção a torna digno de orgulho em primeiro lugar. Uma pessoa orgulhosa jamais delegaria o controle de sua própria autoestima a outras pessoas.

Não sejam esnobes, ou soberbos. Tenham orgulho!

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Revisado por Matheus Pacini.

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