Moeda, inflação e aumento dos preços

MOEDA, INFLAÇÃO E AUMENTO DE PREÇOS. Roberto Rachewsky reflete hoje sobre velhos conhecimento do brasileiro. Leia no texto abaixo

A inflação é um fenômeno monetário e a responsabilidade por ela é exclusivamente do governo.

Quando o governo emite moeda expandindo sua oferta, a inflação está decretada, independentemente da flutuação dos preços, porque, quando a inflação ocorre, não são os preços que sobem, mas cai o poder aquisitivo, o valor de cada unidade monetária em circulação na economia, inclusive o estoque armazenado nas mais diversas formas, no banco, na poupança, em casa ou onde for. Ou seja, o governo é o único com poder suficiente para causar a inflação.

Os aumentos de preços, por outro lado, são influenciados por diversos fatores, sendo que nem o governo, nem os agentes econômicos, os que ofertam ou demandam, têm poder de definir a variação dos preços daquele mercado.

O aumento ou a redução da oferta implica investimentos, depende de fontes de financiamento, de estratégias mercadológicas e logísticas, de produtividade, da disponibilidade de fontes de energia e insumos, das barreiras à inovação, da produção e do comércio de bens e serviços.

O aumento ou redução da demanda dependem do aumento ou redução da renda, da confiança ou desconfiança dos consumidores sobre o futuro, das relações cambiais com moedas de outros países, da moda, de fatores subjetivos e objetivos que interferem nas decisões individuais de consumo.

Se há queda de produção e o governo mantém a oferta de moeda, os preços tenderão a aumentar; se a produção aumenta e a oferta de moeda se mantém estável, os preços tenderão a cair.

Aumento e diminuição de produção é muito mais difícil de se fazer do que pintar e cortar folhas de papel e usá-las para pagar as despesas do governo.

Para diminuir a oferta de moeda, o governo costuma aumentar a taxa de juros, o que se mostra muitas vezes uma medida inócua, porque acaba fazendo com que diminua a produção dos produtos que poderiam diminuir os preços.

Como vocês veem, não é fácil, nem mesmo numa sociedade de economia mista, onde o governo monopoliza a moeda dando-lhe o caráter de meio de troca com curso legal forçado e controla com mão de ferro as relações domésticas e internacionais que ocorrem naquele mercado.

Melhor seria se houvesse absoluta liberdade para as pessoas poderem interagir umas com as outras usando as moedas que entendessem mais convenientes de acordo com seus próprios interesses.

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Revisado por Matheus Pacini.

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