Segundo Leonard Peikoff em Objectivismo: a filosofia de Ayn Rand: “Honestidade” é a recusa em falsear a realidade, isto é, fingir que os fatos são diferentes daquilo que são.
O fingimento, como sabemos, é metafisicamente impotente: não pode nem apagar um existente nem criá-lo”. (OPAR, 252). A virtude da honestidade é, essencialmente, o esforço constante para reconhecer a primazia da existência. Esse esforço constante não diz respeito apenas às interações sociais, mas especialmente aos nossos próprios processos mentais.
Não importa o quanto alguém pense, acredite ou afirme que as sereias são reais: elas não são. A relação de alguém com a realidade não pode ser saudável ou honesta se não aderir à existência em si. Como Peikoff afirma na citação inicial, o fingimento não tem poder metafísico, fantasiar não é criar e muito menos reconhecer algo que já existe.
A é A; A realidade é o que é.
Devemos fazer um esforço para entendê-la, e esse esforço deve ser lógico e fundamentado na realidade, não enganoso.
Ao priorizar outros fatores em detrimento da aderência à realidade em nossos processos mentais, vamos deteriorando, a longo prazo, nossa percepção da realidade, porque podemos criar o hábito de substituir a realidade por aquilo acharmos mais agradável.