Querida Greta,
Desculpe-me se, em algum momento, te critiquei pelas palavras que expressaste para o mundo.
Desculpe-me, a culpa pelo que você crê e diz não é sua.
Pergunto-me agora o que você estava fazendo na ONU falando de algo que não conhece – a não ser o terror que lhe foi ensinado?
Aquele não era o seu lugar.
Você deveria estar na escola aprendendo lógica, ou em casa lendo, quem sabe, Os miseráveis de Vitor Hugo, O pequeno príncipe de Saint-Exupéry, Cântico de Ayn Rand ou qualquer outro livro clássico.
Desculpe-me, menininha; ao te ouvir reagi mal, tratando-a como um ser adulto, e não como vítima de um bando de caras-de-pau.
Esqueci-me de como os chineses, há milênios, moldavam crianças fazendo-as crescer por anos em potes até que adquirissem seu formato, sendo então retiradas para o entretenimento horrendo de seus mestres.
Esqueci-me de como, na Grã Bretanha do século XVII, os comprachicos adquiriam bebês para deformar seus rostos de modo que, quando crescessem, se pusessem a peregrinar pelas aldeias divertindo os nobres das cortes e o público ralé.
Esqueci-me de mim mesmo quando por um tempo resolvi, em 1971, também com 16 anos, defender as teses ambientalistas do gaúcho José Lutzenberger. Para minha felicidade, logo aprendi que o capitalismo era melhor para as nossas vidas do que o ambientalismo que ele defendia.
Esqueci que você tem apenas 16 anos. Que, na sua idade, ninguém, ainda mais uma criança criada em um país rico como a Suécia, sabe exatamente o que se perde quando o desenvolvimento é trocado pela sustentabilidade.
Sustentabilidade só pode ser alcançada através do desenvolvimento, assim como maturidade só pode vir com o crescimento.
Greta, amadureça, torne-se independente. Não se preocupe com o mundo, o mundo cuida de si. Preocupe-se com as atrocidades que estão fazendo contigo. Saia desse pote, estampe em seu rosto um sorriso verdadeiro, como rostos de crianças de 16 anos deveriam ter.
O mundo é benevolente com os seres humanos quando estes sabem usar sua mente para produzir. Não vivemos no quadro de Edvard Munch, norueguês, escandinavo como você, não precisa soltar o grito.
Vivemos num mundo de realizações, somos os senhores do universo. Podemos produzir o que quisermos, podemos errar e desfazer nossos erros a qualquer momento.
Somos racionais, precisamos ser livres para criar, inovar e produzir o que a humanidade espera de nós, para vivermos mais e melhor.
Sim, como ousaram roubar os teus sonhos, menininha?
Esta pergunta deve ser respondida por quem te tirou precocemente do mundo fantástico da infância, os comprachicos modernos, esses que te colocaram no centro do picadeiro como um ser exótico, a serviço de uma ideologia perversa chamada de socialismo.
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Revisado por Matheus Pacini.
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