Revoluções liberais precisam de apoio popular?

Essa ideia de que revoluções liberais precisam do apoio popular é bobagem. O povo é autoritário.

A primeira revolta a favor da liberdade foi promovida por nobres ingleses contra seu rei. Foi a revolta que instituiu a Carta Magna.

A segunda também ocorreu na Inglaterra: foi a Revolução Gloriosa liderada pelo todo poderoso governador holandês William de Orange que invadiu a ilha britânica, destitui o rei, tomou-lhe o lugar casando com a herdeira do trono e propôs ao parlamento a Carta dos Direitos.

A terceira ocorreu nos Estados Unidos e se deu após uma conspiração de aristocratas que convidaram um general para liderá-la.

As duas revoluções populares dignas de serem mencionadas foram a Francesa e a Comunista. Ambas acabaram em caos, terror e décadas de opressão, não apenas onde foram iniciadas, mas em países que adotaram seus princípios liberticidas por imposição.

No Brasil, as revoluções de 1889, 1930 e 1964, por serem positivistas, tiveram o mesmo destino das revoluções que ocorreram na Europa Continental, porque quiseram falar em nome do povo, mas o povo sempre foi tratado como mero argumento para que canalhas assumissem e mantivessem o poder.

A revolução de 1988, onde os social-democratas venceram os fascistas-positivistas no cansaço, vai ter o mesmo fim. Colapso, caos, terror e recomeço. Pena que no Brasil todo recomeço repete o que foi feito anteriormente, seja por falta de memória, por ignorância ou por incapacidade cognitiva de aprender com a história.

O que podemos concluir também é que a diferença entre os países que dão certo e os que dão errado é a qualidade intelectual e moral das suas elites.

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Revisado por Matheus Pacini.

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