Qual é a sua postura em relação ao trabalho?

Reparei que existem dois tipos de pessoa quando o assunto é trabalho. Algumas consideram o dinheiro como o objetivo principal de seu trabalho, enquanto outras consideram a felicidade – em geral ou estritamente no contexto do trabalho.

O primeiro tipo faz qualquer coisa para ganhar uns trocado a mais, mesmo que isso signifique sacrificar a qualidade de seu trabalho para os caprichos de terceiros. Considera o trabalho um “mal necessário”, logo, qualquer benefício que possa espremer de cada momento produtivo é considerado apropriado. Uma boa forma de mostrar isso é assistir à última temporada de sua série favorita, que um executivo inescrupuloso produziu “na marra” para lucrar com a audiência passada – transformando-a numa caricatura intragável do que era.

O segundo tipo encontra uma forma saudável de pensar o trabalho como parte integrante de sua vida, equilibrando de forma racional custos e benefícios profissionais e pessoais – ou adotam o que chamo de “perspectiva do fanático”. A “perspectiva do fanático” – que não me orgulho de adotar mais do que deveria – consiste em tratar o trabalho como o “alfa e o ômega” de sua vida. Todo o resto, incluindo a lucratividade e as outras fontes de alegria do indivíduo, é considerado menos importante que a qualidade objetiva do produto final.

O lucro é sempre algo a se buscar, mas tanto a perspectiva saudável quanto a fanática veem o trabalho como algo dotado de grande valor imediato – seja porque o trabalho em si é prazeroso, ou porque seu resultado final dá forma concreta a uma ideia apreciada. O lucro é visto mais como “algo de que preciso para viver uma vida confortável e continuar criando produtos ótimos” do que como a razão de ser do trabalho.

Quer falemos de um artista e sua obra, um empresário e sua ideia de negócio, um político e os ideais que defende ou um intelectual e suas teorias, o trabalho é uma forma de concretizar ideias fundamentais do indivíduo. Por isso, vender, não o produto final, mas a essência da própria obra equivale a vender parte de sua alma ou, nas palavras célebres de Bob Gale, “prostituir seus filhos”. A integridade se tornou algo tão raro, especialmente no mercado da arte, que deve ser celebrada sempre que identificada. Parabéns para Bob Gale, tanto por seu trabalho quanto por sua integridade.

(Link: https://www.yahoo.com/entertainment/back-to-the-future-sequel-bob-gale-102824747.html )
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Revisado por Matheus Pacini.

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