O ambientalismo está com tudo e seus proponentes são agressivos. Os políticos prometem ser possível combinar estímulos econômicos voltados para a criação de empregos com a luta contra o "aquecimento global criado pelo homem", que supostamente resulta em grande parte da queima de combustíveis fósseis. Centenas de milhares – se não milhões – de novos empregos serão presumivelmente criados caso os combustíveis fósseis sejam substituídos por moinhos de vento e painéis solares. Esses empregos serão criados na construção dos moinhos e na produção e instalação dos painéis, bem como na construção de uma nova rede elétrica que irá transportar toda a eletricidade que supostamente será criada.
Mas há um problema sério, e que aparentemente tem sido amplamente ignorado por aqueles mais impacientes pela construção dos moinhos e painéis solares: o incômodo fato de que nem sempre está ventando e nem sempre o sol aparece. E, até o presente momento, não há notícia de um método econômico e em larga escala capaz de armazenar eletricidade para uso posterior. Tal fato implica a necessidade de se manter o atual sistema de produção operando conjuntamente com o novo sistema baseado inteiramente no vento e no sol. Porém, caso tal sugestão seja demasiado reacionária, então que nos acostumemos a prolongados períodos de blecaute.
Ou, quem sabe, talvez essa seja a oportunidade de transformarmos um grande problema em uma enorme oportunidade, gerando mais empregos relacionados às energias solar e eólica? Tal feito pode ser conseguido se, durante todos aqueles indesejáveis momentos em que o vento não soprar ou o sol não brilhar, vários seres humanos forem empregados para girar manualmente os eixos dos geradores elétricos, de maneira similar aos homens que operam um esmeril em um moinho de trigo – com a única diferença que essa operação se dará entre magnetos, de modo que se possa produzir eletricidade com essa rotação. (Não sei o quanto de eletricidade pode realmente ser produzida dessa maneira, se é que alguma pode. Mas ao menos tal método produziria empregos em sua tentativa, que é tudo que os programas de "estímulo" de fato querem).
Com efeito, impor os objetivos do ambientalismo é algo capaz de criar um número virtualmente ilimitado de empregos. Enormes caminhões de transporte e suas emissões "poluentes" poderiam ser extintos e substituídos por carregadores humanos, que transportariam toda a carga em seus lombos. Navios transatlânticos e suas emissões poderiam ser abolidos, e seus "motores sujos" seriam substituídos pela energia limpa advinda do trabalho de milhares de remadores. (Veleiros também poderiam ser uma boa substituição, porém, como não gerariam empregos para remadores, deixemo-los de fora). Automóveis e suas emissões poderiam ser substituídos por liteiras, empregando assim um sem-número de padioleiros para carregá-las.
E se tudo isso ainda não for o suficiente, pense em todos os empregos que poderiam ser criados com os programas destinados a tornar todo o carvão da superfície uma substância completamente inócua. Atualmente há gritarias contra o fato de que a lama de carvão acumulada sobre a superfície libera quantias irrisórias de mercúrio, arsênico e outros metais pesados. Entretanto, esses mesmos metais também são encontrados nos depósitos de carvão que estão em seu estado natural no subsolo. E, obviamente, eles não poderiam estar na lama de carvão caso não estivessem antes presentes no carvão subterrâneo. Embora talvez representem uma ameaça pequena para a saúde humana enquanto estiverem confinados ao carvão do subsolo, esses metais indubitavelmente ainda assim apresentam alguma ameaça, nem que seja em nível de partes por bilhão ou partes por trilhão.
Dado que jamais podemos presumir estarmos totalmente seguros, e considerando-se que a criação de empregos é o objetivo, um argumento ambientalista lógico seria extrair todos os depósitos de carvão conhecidos e, em seguida – ao invés de utilizar esse carvão em aplicações ambientalmente "destrutivas," como produzir eletricidades ou aquecer casas – enterrá-los novamente. Mas dessa vez em repositórios revestidos, de modo a impedir qualquer possível vazamento de metais pesados ao ambiente adjacente.
E, finalmente, pense em todos os empregos que um programa de "gerenciamento" ambiental poderia criar. Cada pedaço de deserto, cada formação rochosa, cada tufo de grama e cada tronco de árvore seria zelosamente vigiado por um ou mais "administradores", cuja função seria guardar, proteger e preservar tais recursos para as "gerações futuras". Para executar esse valioso trabalho, poderíamos criar várias divisões militares de "administradores". Eles poderiam vestir uniformes especiais ostentando várias patentes e medalhas, todas adquiridas em decorrência de seus bravos "serviços prestados ao meio ambiente" e da defesa intransigente da natureza e de seus recursos contra os humanos predadores.
De fato, quando pensamos a fundo, nada é mais fácil do que imaginar coisas que irão requerer a atividade de um número virtualmente ilimitado de mão-de-obra com o intuito de obter um resultado totalmente nulo. Tal é a natureza dos programas governamentais de criação de emprego. Tal é a natureza do ambientalismo. Tal é o caminho para a recuperação econômica imaginado pelo establishment intelectual mundial.
Eis, a seguir, o núcleo das ideias essencialmente comuns de ódio e destruição contidas nas doutrinas do comunismo, do nazismo e do ambientalismo. Elas se diferem apenas em algumas particularidades, mas não no princípio fundamental de ódio à vida humana e à felicidade.
Comunismo: A busca individual pelo interesse próprio causa a formação de monopólios, provoca depressões e leva à opressão dos trabalhadores pelos capitalistas. Tal comportamento deve ser substituído pelo autossacrifício do bem-estar para que a classe operária e o estado socialista sejam beneficiados. Os capitalistas e os proprietários de terra devem ser exterminados para o bem do proletariado.
Nazismo: A busca individual pelo interesse próprio gera impureza racial, provoca o declínio da soberania nacional e implanta a exploração dos trabalhadores alemães pelos judeus capitalistas. Tal comportamento deve ser substituído pelo autossacrifício do bem-estar para que a raça superior ariana e o Estado Nacional-Socialista sejam beneficiados. Judeus, ciganos e eslavos devem ser exterminados para o bem da Nação Alemã.
Ambientalismo: A busca individual pelo interesse próprio gera aquecimento global, chuva ácida e a diminuição do ozônio. Tal comportamento deve ser substituído pelo autossacrifício do bem-estar para o benefício de outras espécies – como a camarada biota – e do planeta, tudo sob os auspícios de tratados internacionais e de um nascente Estado Socialista Global: a ONU. Grande parte da raça humana deve ser exterminada para o bem das espécies exploradas e do planeta. (Isso é o que a "ala extremista" dos ambientalistas já diz abertamente. A "ala moderada" apenas quer reduzir as emissões de dióxido de carbono em 90% e, com isso, reduzir o padrão de vida de todas as nações para níveis de terceiro mundo, com índices de mortalidade infantil e expectativa de vida típicos desses países).
O ambientalismo é apenas uma forma reciclada de nazismo e comunismo.
Obs: por "ambientalismo" entenda o movimento coercivo moderno e politicamente correto, e não movimentos voluntários e/ou com orientação de mercado.
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Publicado originalmente em Instituto Mises Brasil.
Revisado por Matheus Pacini
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