Por que você deveria ler “A revolta de Atlas”?

Ler A Revolta de Atlas me fez consolidar a visão que já tinha sobre diversos aspectos da minha vida pessoal e profissional. Esse livro, lançado em 1957, no auge da proliferação de ideias comunistas e socialistas, é a obra-prima da escritora, roteirista e filósofa criadora do Objetivismo, Any Rand, uma russa que amadureceu e morreu nos Estados Unidos e viu, nesse país, a chance de ver seu ideal concretizado: uma vida baseada na riqueza, como produto da capacidade do homem de pensar, e na felicidade, como aquele estado de consciência que procede a realização de nossos valores.

A obra é uma ode a todos os valores que sustentam o Líderes do Amanhã e a todos os valores que, cada dia mais, tenho como base de minha vida pessoal e profissional.

Com uma novela narrada com maestria, a escritora traz um período incerto do tempo, em que o mundo está infestado de “repúblicas populares” baseadas em ideais coletivistas e intervencionistas, e os Estados Unidos, único sobrevivente da liberdade e do capitalismo, estão sendo levados a esse nefasto destino. Assim, é apresentada Dagny Taggart, a heroína que tem como principal valor a responsabilidade individual. À frente das operações de uma ferrovia que leva progresso e desenvolvimento a todo o país, Dagny não se deixa vencer facilmente por aqueles que pensam no coletivo, no próximo antes de si, na necessidade antes da capacidade.

Junto a Dagny, outros personagens exaltam os valores e as lições da filosofia de Ayn Rand. Vemos Ragnar Dannskjöld expondo a Justiça e a Liberdade; Francisco D’anconia e John Galt, questionando o mundo em que vivem e suas crenças; Hank Hearden mostrando como o egoísmo racional é essencial ao crescimento e desenvolvimento das sociedades, ainda que só consiga aplicar esse valor em suas relações profissionais, demorando mais para implantar isso em sua vida pessoal e social.

Por outro lado, vemos personagens que negam os valores da ética, da propriedade privada e da economia de mercado, como Wesley Mouch e o bando de parasitas que ocupam o governo em Washington, que buscam o poder pelo poder, sem qualquer propósito além de ali se perpetuarem, alegando sempre agir pelo bem comum, em prol do povo.

Encontramos personagens que sequer sabem o que é ter valores, como James Taggart, que tem como propósito de vida levar uma vida sem propósito, sem objetivo, negando a realidade, a razão, negando que A é A, e que a existência existe.

Ao traçar um paradoxo entre personagens que são o suprassumo de todos os valores que se encontram em sua filosofia com aqueles que são a completa negação deles, Ayn Rand mostra como é brilhantemente clara e racional a visão de vida pela ótica Objetivista. A autora exalta a capacidade de pensar como uma das maiores virtudes do ser humano; tanto que o tema central da obra é a greve das mentes pensantes, o sumiço de todos aqueles que são capazes de produzir, gerar riqueza, pensar etc.

Em outro ponto importante da obra, ela deixa clara a importância do dinheiro. O discurso de Francisco D’anconia, que tenta afastar, de uma vez por todas o axioma de que o dinheiro é a origem de todo mal, é, na minha opinião, o ponto alto da obra, ainda mais do que o discurso final de John Galt, embora esse aqui tenha o poder de sintetizar boa parte da filosofia objetivista.

Ao exaltar o dinheiro, a liberdade de produzir e o capitalismo como sistema capaz de salvar o mundo, a autora demonstra o quão prejudicial pode ser pensar no outro antes de pensar em si próprio. Ela deixa evidente que nada é mais caro ao ser humano do que a liberdade, a razão e a busca da felicidade como produto de suas realizações pessoais e que não são os governos intervencionistas que podem alcançar o bem comum. Aliás, o governo intervencionista da ficção é assustadoramente real e atual. Temos diversos exemplos ao redor do mundo de como é prejudicial a intervenção do Estado na vida das pessoas e como isso pode chegar a extremos. O mais latente deles está ao lado de nossas casas: a Venezuela.

A obra deixa claro o quanto a intervenção, aos poucos, constrói o cenário de caos que vemos nos Estados Unidos da ficção e na Venezuela, Cuba e Coreia do Norte da realidade. É com medidas simples e aparentemente sem grande impacto, como a proibição da cobrança de taxa de conveniência na venda de ingressos pela internet, que governos intervencionistas se perpetuam no poder e, quando menos se imagina, o ser humano não tem mais capacidade de decidir por conta própria sobre sua vida.

Por isso, eu digo que A Revolta de Altas consolidou meus entendimentos sobre muitos aspectos da vida pessoal e profissional. Enxerguei na ficção, com clareza e objetividade, uma realidade que já enxergo na minha vida há muito tempo e, agora, como um grande fã de Ayn Rand, sinto-me ainda mais capaz de difundi-la e leva-la às pessoas com quem convivo, trazendo o progresso das mentes a todos a quem eu possa influenciar.

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Revisado por Roberta Contin.

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