Alguns liberais dizem que o socialismo sempre leva à violência. Eu não compartilho dessa ideia.
Para mim, não há dicotomia entre socialismo e violência. Explico!
Não existe uma ordem cronológica que permite distinguirmos causa e consequência quando o socialismo é colocado em prática.
Não me parece concebível que, primeiro, o socialismo é instituído e, logo depois, a violência surge como consequência inevitável.
Para mim, socialismo é violência. Não existe a possibilidade de existir socialismo sem violência em momento algum a partir do momento em que o socialismo é instituído.
Socialismo é apenas o nome que alguns ideólogos dão para um determinado tipo de violência que é caracterizado pela supressão da livre iniciativa e da propriedade privada.
Sempre que você ouvir um liberal fazendo essa distinção como se socialismo fosse a causa e violência fosse a consequência, corrija-o.
Socialismo é violência e sua consequência é a destruição do interesse dos indivíduos em produzir valor e confiar uns nos outros para se relacionarem com esse propósito.
Pensar que socialismo causa a violência pode levar à inexequível ideia de que é, então, possível isolar socialismo e violência, corrigindo os problemas do socialismo para que ele não resulte em violência.
Essa ideia estapafúrdia é que faz com que o socialismo seja tentado tantas vezes, até por quem é realmente bem-intencionado.
Esses, quando veem que o “seu” socialismo também acaba em violência se perguntam: onde foi que eu errei?
Aí entra a minha resposta. Não errou na tentativa de corrigir o socialismo para evitar que descambasse para a violência. Errou na identificação adequada do que é socialismo ao não ver que socialismo é violência e sem violência o socialismo é outra coisa qualquer menos socialismo.
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Publicado originalmente em Instituto Liberal.
Revisado por Matheus Pacini.
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