Por que empreender?

Empreender não tem a missão de proporcionar felicidade aos outros, mas felicidade a quem empreende.

O que justifica fundamentalmente a abertura de qualquer negócio não é o número de empregos, o número de clientes satisfeitos, o volume de impostos pagos. O que justifica fundamentalmente a abertura de qualquer negócio é a necessidade do empreendedor de criar, produzir, manter e dispor dos valores que ele entende serem indispensáveis para a sua própria felicidade.

A felicidade alheia é mera consequência da busca da própria felicidade para quem quer valorizar a sua vida em um ambiente onde há respeito à liberdade e à propriedade de todos.

Empreender não é um dever utilitarista, é um direito inalienável, a única maneira moralmente justificável para um ser humano fazer dinheiro para sustentar a sua vida e aproveitar a própria existência.

Quando eu falo em empreender, falo em correr riscos para criar valor e dele usufruir de alguma maneira, é gerar riqueza sem usar de coerção. É um empreendimento alguém fazer dinheiro inventando o computador que levou o homem à lua ou o gari que nesta manhã varreu a minha rua.

A felicidade alheia não é um fim, é apenas um meio pelo qual o empreendedor busca manter a própria vida, sem a qual falar em liberdade, propriedade e felicidade, em qualquer circunstância, é impossível.

O direito à liberdade é corolário do direito à vida, isto é, sem liberdade para agir e criar os valores necessários para se manter, a vida é impossível de ser mantida.

O direito à propriedade também é corolário do direito à vida: sem a possibilidade de usufruir aquilo que criamos no exercício da liberdade, nem a liberdade nem a vida podem ser mantidas.

O direito à busca da felicidade também é corolário do direito à vida, porque não nascemos para sermos infelizes por imposição dos outros. A liberdade de criar e usufruir de nossas criações faz parte do processo de busca da felicidade.

É por isso que sem direito à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade, viver se torna um dever – e a infelicidade uma obrigação – pois, para sermos felizes, precisamos violar a lei. Nesse tipo de sociedade, talvez sejamos mais felizes correndo risco de morrer lutando contra a tirania e a opressão do que fazendo qualquer outra coisa.

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Revisado por Matheus Pacini.

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