Por que a maioria dos intelectuais é de esquerda?

Você já deve ter se perguntando por que os intelectuais tem preferência ideológica pela esquerda, certo? Antes mesmo de estudar sobre a Escola Austríaca, sempre tive essa dúvida, uma vez que esses intelectuais estudam diversos filósofos como  Sócrates, Platão e Aristóteles, por exemplo.

Bertrand de Jouvenel, francês, natural da cidade de Paris, também se perguntou isso por volta da década de 60 e encontrou três motivos que norteiam a resposta de o porquê os intelectuais em geral, salvos poucas exceções, serem sempre contrários ao processo de cooperação social que ocorre no mercado.

A primeira razão encontrada foi o desconhecimento teórico de como funcionam os processos de mercado. Nesse sentido, vale destacar, o que diz Hayek em seu artigo A critica sobre a evolução da sociedade e do governo”  sobre a ordem social empresarial ser a mais complexa que existe. Ele dita que qualquer pessoa que queira entender, minimamente, o funcionamento do processo de mercado do ponto de vista analítico deve dedicar horas diárias ao estudo da ciência econômicacoisa que não faz parte da rotina da maior parte da área das ciências sociais.

A segunda razão é a soberba do racionalista[U1] , que crê ser uma pessoa mais inteligente e mais preparada do que o restante da humanidade e, por agir assim, tende a cair no pecado fatal da arrogância ou da soberba, ficando muito no campo filosófico e pouco no prático, isto é, longe do mundo real. .

Portanto, não é coincidência que, por trás de todo Hitler e Stálin sempre existiu um bando de intelectuais que conferia base e legitimidade ao que falavam tanto no campo ideológico, quanto no cultural e filosófico.

A terceira é a inveja e o ressentimento, porque a situação do mercado em que o intelectual se encontra é incômoda. Ele recebe um valor muito baixo por seus serviços. Até mesmo aqueles que conseguem obter sucesso e prestígio no livre mercado, na maioria das vezes, não ficam satisfeitos, porque não aceitam, na opinião de Jouvenel, que um empresário ganhe 10 ou até 100 vezes mais do que ele.

Por fim, para o intelectual, o mundo dos negócios é repleto de valores falsos ou injustos, pois o dono do frigorífico ganha, por exemplo, mais do que um pensador. Logo, ele entende que o prejuízo é o resultado natural a uma dedicação superior enquanto o lucro representa apenas uma submissão às opiniões das massas. Dessa forma, os intelectuais acabam por se apresentar, na maioria dos casos, como porta-vozes do socialismo, pela ausência do estudo da teoria econômica e das regras de livre mercado.

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Revisado por Bill Pedroso e Matheus Pacini.

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