Socialismo é um sistema social, político e econômico feito sob medida para quem consegue alcançar apenas o segundo estágio de consciência, o da percepção.
Esse é o estágio dos animais irracionais, cuja sobrevivência depende da economia extrativista que usa a força, seja para obter o que precisa da natureza ou de outro ser como ele, num jogo de soma zero.
Animais irracionais não têm a capacidade mental de usar conceitos para formular abstrações e destas criar valores para uso próprio ou, dada a divisão de trabalho e a especialização que desenvolve tremenda produtividade, transacionar com outros da sua espécie livre, voluntária e espontaneamente.
Lidar com conceitos e abstrações é o terceiro e mais elevado estágio da consciência humana.
Capitalismo é o sistema social, político e econômico para quem pensa minimamente, quem consegue concatenar ideias, identificar concretos na realidade e abstrações na sua mente, conceituando-os inteligentemente para poder distinguir e integrar o que tiver sido percebido através dos sentidos.
É por isso que no socialismo prosperam os brutos e mais ninguém; e, no capitalismo, prosperam todos, mesmo aqueles que são carregados de arrasto pelos mais criativos e inovadores empreendedores que dependem do jogo ganha-ganha que somente economias livres, com agentes voluntários e ordens espontâneas conseguem produzir.
Sociedades formadas e dirigidas por gente que percebe e não pensa são autofágicas. Podem durar um tempo, mas acabarão em colapso.
Sociedades formadas e dirigidas por gente que pensa são prósperas, desde que os brutos irracionais sejam colocados no seu devido lugar e os que conseguem conter seus impulsos irracionais forem acolhidos e demandados até o limite da sua capacidade de focar a mente e pensar, atividade para a qual devem ser educados.
A sociedade que quiser prosperar deve proteger quem alcançou o terceiro estágio de consciência e usa suas habilidades para criar valor através da produção de ideias, de bens ou de processos que lhe permitirão interagir com os outros para gerar mútuo benefício e lucrar.
Proteger a vida, a liberdade, a propriedade, principalmente a propriedade intelectual, para que cada indivíduo pudesse buscar a sua felicidade, com o uso da sua consciência, alcançando o mais elevado estágio a que qualquer ser humano pode aspirar, é o que transformou sociedades como a britânica, a holandesa e a americana nas mais desenvolvidas da história.
O progresso da humanidade sempre virá da criação de valor e de riqueza e sua distribuição necessariamente virá através do comércio.
Guerras só criam ambientes de prosperidade se e quando aqueles que defendem a livre iniciativa, a propriedade privada, o estado de direito e o livre mercado prevalecerem sobre seus opositores, como ocorreu na Segunda Guerra Mundial, de onde sociedades como a alemã e a japonesa saíram da barbárie que protagonizaram para a civilização. Mesmo assim, como se viu, a guerra traz perda de liberdade e irreparável destruição até para os vencedores. Foi assim que a liberdade individual e a propriedade privada nos Estados Unidos da América e na Grã Bretanha acabaram corroídas.
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Revisado por Matheus Pacini.
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