A resposta ao COVID-19 foi rápida: ambos os lados do espectro político concordaram em fechar a economia. E, antes mesmo disso, diversas associações de proprietários de imóveis, condomínios, varejistas e empresas já tinha resolvido fazê-lo, voluntariamente.
Afundamos rapidamente num mundo em que ninguém pensou e no qual poucos gostariam de viver. Pessoas forçadas ao isolamento, sem poder sair para trabalhar, jantar em um restaurante e, muito menos, prestigiar eventos esportivos. São desencorajadas a organizar um churrasco com seus amigos.
Quando somos autorizados/obrigados a sair em público, somos instruídos a manter o distanciamento social. Não há nada “social” em manter um temor que nos afasta dos outros a todo custo. Por exemplo, nos mercados, as pessoas dão voltas mais longas para comprar a mesma coisa, enquanto outras ficam no sol escaldante do verão do Arizona, esperando permissão para entrar.
E o que falar de apertos de mão, abraços e beijos nas bochechas? Proibido!
O chamado distanciamento social é antissocial, pois isola as pessoas. O isolamento é solitário, deprimente e alienante.
Hoje, somos incentivados a pensar que nossos amigos são ameaças potencialmente letais (se não o são, por que devemos evitá-los?) Isso gera um dilema psicológico. Como alguém pode encarar os vizinhos como uma ameaça e, ao mesmo tempo, pedir a colaboração deles? É impossível sustentar essas duas visões e não enlouquecer!
Se outros são ameaças mortais, então, só podem ser prejudiciais. Quer um exemplo? Toda vez que cresciam os casos de COVID-19, pairava no ar uma sensação de medo e ódio nos nova-iorquinos. Alguns estados falaram em proibir a entrada de nova-iorquinos. Uma pessoa pacífica que conheço lamentou o fato de que os Estados Unidos não conseguiam verificar a origem de pessoas vindas de outros estados. Esse mecanismo já foi usado em países como União Soviética ou China.
Obviamente, nem todas as empresas fecharam. Algumas foram definidas pelo governo como “essenciais”. Com efeito, os proprietários de outros negócios concluem: não precisamos de vocês. Essas pessoas “não essenciais” ficam refletindo sobre sua própria inutilidade enquanto são forçadas a ver seus negócios e meios de sobrevivência arruinados, e suas economias destruídas.
E sobre o uso das máscaras?
Curiosamente, conversei com um conhecido, um médico de saúde impecável. Ele me disse que usa uma máscara N95 o dia todo. Perguntei se era bom. Ele me disse que não, que dificulta muito a respiração. E parece que as pessoas tendem a tirar a máscara na maior parte das vezes, o que reduz sua utilidade.
Mas as máscaras têm um (ponto) negativo universal. Usá-las torna as pessoas menos reconhecíveis e identificáveis. Menos humanas.
Portanto, estamos isolados do contato humano e, quando somos forçados a estar com outras pessoas, temos motivos para temê-las. E não podemos ver seus rostos. Estão literalmente mascaradas.
Isso nos leva à visão comunista do homem: as pessoas são autômatos intercambiáveis e sem rosto. Elas são despojadas de sua identidade individual. E elas sabem disso. Elas não podem recorrer a seus vizinhos como fizeram por séculos. Podem recorrer apenas ao governo.
É neste mundo que você quer viver? Mesmo que as máscaras pudessem impedir as pessoas de contrair a doença (e não apenas diminuir a taxa de disseminação), seria melhor arriscar as complicações do COVID-19 do que viver no tipo de sociedade a que esse tipo de medo está nos levando.
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Publicado originalmente em Monetary Metals.
Traduzido por João Rodrigues.
Revisado por Matheus Pacini.
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