O que é um capitalista?

Ser capitalista não se resume à acumulação de capital. Na realidade, acumular capital é a parte menos importante da atividade de um capitalista.

Para um capitalista, acumular capital é o mero resultado da atividade de criar valor para si através da criação de valor para os outros por meio de processos inovadores e cooperativos, bem como de trocas voluntárias para mútuo benefício.

Socialistas podem acumular capital: vejam as fortunas legadas por Fidel Castro ou Hugo Chávez. Ninguém pode dizer que o comunista cubano e o socialista de Caracas eram capitalistas.

Capitalista, antes de qualquer coisa, é um advogado, principalmente pelo exemplo, do livre-mercado, onde o que vale mesmo é a criação de valor através da livre iniciativa e do respeito à propriedade privada.

Capitalistas não agem para acumular capital através de relações espúrias com quem tem o poder coercitivo nas mãos. Capitalistas não querem reservas de mercado, barreiras ao comércio local ou internacional, subsídios, financiamento privilegiado, entre outras práticas nocivas ao livre-mercado, à concorrência, à propriedade intelectual e aos contratos estabelecidos.

Aqueles que usam a coerção como instrumento para acumulação de riqueza não fazem o que os capitalistas se propõem, que é criar valor. Quem usa de coerção não cria valor, apenas coleta o valor criado por alguém transferindo-o para si. Esses acumuladores do valor criado por terceiros, subtraído deles pelo uso da coerção, atendem por outros nomes. Comunistas, socialistas, fascistas, corporativistas – tipos pertencentes à fauna coletivista-estatista – acumulam riqueza através da coerção, são bárbaros enrustidos e pilhadores sofisticados que se escondem atrás da lei, da polícia e de servidores públicos togados para ganharem o seu quinhão num jogo de soma zero.

Capitalistas de verdade não jogam outro jogo que não o do ganha-ganha, que se baseia na máxima: “se está bom para ti e está bom para mim, então, negócio fechado”. É essa a fórmula da criação de valor.

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Publicado originalmente em Instituto Liberal.

Traduzido por Matheus Pacini.

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