Ayn Rand sempre defendeu a primazia da realidade sobre a consciência, mas entendia que, para que pudéssemos exercitar a objetividade cuja necessidade é existencial, precisávamos fazer bom uso do nosso aparato psicoepistemológico sem o qual ficaríamos à mercê das imposições da natureza e das enganações de outros homens.
Numa época em que a manipulação das mentes se dá através das emoções, da perversão dos valores e do uso de estímulos e incentivos criados para anular os critérios universais do que é verdadeiro e falso, certo e errado, tendo a realidade como fonte de inspiração, uma das mais devastadoras formas de capturar consciências é através da exploração dos ressentimentos naturais ou implantados. Um deles é a culpa, que sequestra e destrói a autoestima do ser.
Ayn Rand escreveu em A revolta de Atlas algo nessa linha, que diz o seguinte:
“Só se pode desarmar um homem por meio da culpa. Por intermédio daquilo que ele mesmo aceita como culpa. Se ensinamos a um homem que é errado olhar para as flores e ele acredita em nós e depois olha para as flores, podemos fazer o que quisermos com ele. Ele não vai se defender. Vai achar que é bem feito. Não vai lutar. Mas o perigo é o homem que obedece a seus próprios padrões morais. Cuidado com o homem de consciência limpa. É esse que vai nos derrotar”.
Quando alguém se sente culpado por não seguir normas arbitrárias ou por negligenciar comportamentos que a sociedade entende serem politicamente corretos, sofrerá uma pressão da sua própria consciência para a conformidade e a rejeição daquele comportamento apropriado, só visto em pessoas cuja capacidade intelectual são livres e independentes.
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Revisado por Matheus Pacini.
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