Para resolvermos os problemas inerentes à nossa existência, o primeiro passo é identificá-los para conhecê-los. Não adianta ficarmos nos digladiando com a realidade, quando sequer entendemos o contexto em que estamos inseridos.
Reclamamos da intervenção estatal, reclamamos do custo de vida, reclamamos da imobilidade social, da pobreza, da concentração de renda, da falta de oportunidades e de perspectivas.
O fato de o Brasil estar estagnado há décadas é consequência das nossas escolhas, ou da falta delas. Aceitamos passivamente que os mandachuvas desenhem as instituições que regem a nossa sociedade de forma a protegê-los.
Vejam o que está ocorrendo na pandemia: caos. Os governos fizeram tudo, menos o que deveriam. O que desejo ressaltar é que a pandemia apenas exacerbou aquilo que estávamos acostumados a enfrentar diariamente.
A ação estatal tem como premissa básica que os governantes são donos de nossas vidas e que não passamos de peças descartáveis de uma engrenagem, cuja máquina é controlada pelo Estado com o uso da coerção de maneira imoral e inaceitável.
Porém, como eu disse, a realidade observada com foco, conceituada e integrada em nossa consciência da forma adequada, nos faz chegar à conclusão de que nada poderia ser diferente do que é.
Não adianta reclamar da vida; a vida num país socialista é assim mesmo.
A mentalidade coletivista estatista que seduz gente da direita e da esquerda gerou esse regime de economia mista que combina fartas porções de ações fascistoides, em que o governo taxa e regula; generosas doses de comunismo, em que ele é proprietário dos bens de produção de forma monopolista; e, finalmente, tempera sutilmente a massa com suave aroma efêmero de capitalismo, que serve apenas para enganar os incautos.
Nesses últimos meses, temos visto os descalabros promovidos pelo STF, pelo Legislativo, pelo Executivo. Não apenas no governo federal, mas principalmente nos governos locais.
A aversão à livre iniciativa, à propriedade privada, ao estado de direito, aos direitos individuais e ao livre mercado, que faz com que até mesmo vacinas, em tempos de pandemia, sejam proibidas de serem importadas e distribuídas pela iniciativa privada, explicita que nunca foi pelo bem-estar da sociedade, mas sempre, e cada vez mais, pelos projetos de poder que dilaceram o tecido social.
Não posso perder a chance para alertá-los mais uma vez, repetindo o que dizia a filósofa e romancista Ayn Rand:
“Estamos nos aproximando rapidamente do estágio da inversão definitiva: o estágio em que o governo é livre para fazer o que quiser, enquanto os cidadãos podem agir apenas com permissão.”
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Revisado por Matheus Pacini.
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