Não é hora de desistir!

É hora de desistir? “Nunca leve as coisas ao pé da letra quando não são relevantes; ou melhor dizendo, leve-as ao pé da letra quando se aplicarem literalmente. O que quero dizer com isso? Bem, n´A Revolta de Atlas mostro os homens declarando uma greve. Até não chegarmos ao estado de censura total de ideias, o indivíduo não precisa abandonar a sociedade da forma como as personagens de A Revolta de Atlas fizeram. Mas, o que devemos fazer, então? O indivíduo deve cortar todas as relações com a cultura. Isso significa: enquanto viver em sociedade, corte todos os seus laços com a cultura dominante [hoje, pós-moderna]; ou seja, retire seu apoio de pessoas, de grupos, de escolas de pensamento ou de teorias que defendam as ideias que estão destruindo-o. Se você leu A Revolta de Atlas, entenderá ao que me refiro por “sanção da vítima”.[1]

Bem, isso é que temos de fazer: quem, de fato, deseja salvar o mundo tem, em primeiro lugar, que descartar todas as ideias da filosofia cultural dominante: não aceite nenhuma de suas ideias. Mantenha-se independente como se já estivesse refugiado em um vale isolado, o Vale de Galt em A Revolta de Atlas. Viva por conta própria, pelo uso de sua própria mente. Verifique suas premissas, defina suas convicções de forma racional. Não aceite nada por fé, e não confie que seus pais ou avós sabem o que fazem, pois não sabem (provavelmente, já são escravos do altruísmo). Você tem que ser o responsável pela criação de uma nova cultura se, com efeito, é para existir cultura. Esse é o sentido em que se deve aplicar as lições de A Revolta de Atlas nos dias de hoje.

Você pode observar na história da filosofia que todas as ideias mudam conforme a época, mas a moralidade é o único reino que nunca mudou; só características superficiais dela é que mudaram. Os homens foram ensinados que têm de viver pelos outros como animais de sacrifício (rituais). Abandone a moralidade do altruísmo. Não tenha medo de afirmar o seu direito de existir, mas não o afirme como um capricho arbitrário. Para triunfar, você tem que saber como justificá-lo, racional e filosoficamente, isto é, o porquê você tem esse direito…só quando os homens abandonarem todas as ramificações do altruísmo é que verão o quão benevolente e ideal pode ser a sociedade; e os Estados Unidos quase conseguiu isso – foi o mais próximo que o mundo esteve desse ideal, ao final do século XIX.

Você nem pode imaginar o quão magnífico eram os Estados Unidos na época. E essa realidade não desapareceu por completo, e está em suas mãos reconstruí-la. Mas você precisa entrar em um “retiro cultural”. Abandone o altruísmo ou qualquer ideia baseada nele. Ao menos faça o esforço de pensar e analisar a situação cuidadosamente. Você se surpreenderá pelo quão fácil será essa revolução, e o quão difícil parece agora, mesmo que não seja. Dediquem, nem que for um só dia a essa reflexão, e você terá uma perspectiva diferente. Não quero dizer que isso seja o único necessário, porém, faça-o e, depois disso, você terás que pensar muito mais intensamente que antes, pois a jornada é sua, individual, baseada em seu próprio juízo.[2]

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Tradução de Matheus Pacini

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[1] Citado em MAYHEM, Robert. Essays On Ayn Rand´s Atlas Shrugged”. p 449-450.

[2] RAND, Ayn. The Romantic Manifesto. p. 10

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