Cara Miss Rand:
Não sou um crítico profissional e não me sinto apto a julgar os méritos de um romance. Restrinjo-me, portanto, ao fato de que apreciei muito a leitura de A Revolta de Atlas e que estou profundamente admirado pelo enredo magistralmente construído.
Contudo, A Revolta de Atlas não é apenas um romance. É, também – ou é, sobretudo, uma análise coerente dos males que afligem nossa sociedade, uma rejeição fundamentada da ideologia dos nossos pretensos “intelectuais” e um desmascaramento impiedoso da falta de sinceridade das políticas adotadas por governantes e partidos políticos. É uma exposição devastadora dos “canibais morais”, dos “gigolôs da ciência” e dos “pseudoacadêmicos” promotores da “revolução anti-industrial”. A senhora teve a coragem de dizer às massas o que nenhum político disse: sem o capitalismo você não seria nada, e todas as melhorias nas suas condições de vida, que são tomadas como dadas, deve-se ao esforço de homens que são melhores que você.
Se isso soa arrogante, como alguns dos seus críticos apontaram, continua sendo uma verdade que precisa ser dita na era do estado de bem-estar social.
Eu lhe parabenizo e estarei observando com muita expectativa os seus trabalhos no futuro.
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Tradução de Matheus Pacini
Publicado originalmente em Journal of Libertarian Studies
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