As UTIs estão cheias de pacientes com COVID-19 lutando por suas vidas. Médicos, enfermeiros e profissionais de saúde estão recebendo merecidos elogios e reconhecimento, embora (como argumentei em artigo anterior), ainda sejam pouco valorizados.
Refletindo sobre a crise, passei a ter um apreço mais profundo por outro grupo de indivíduos heroicos. Contamos com suas realizações e trabalho incansável, ainda mais quando milhões de nós são forçados a ficar em casa. Porém, eles não são reconhecidos.
Eles são os criadores da era digital. Graças a eles, a quarentena é mais tolerável do que teria sido de outra forma.
Graças ao Gmail, Dropbox, Slack e Microsoft Teams, muitas pessoas conseguem continuar seu trabalho. Graças ao Zoom, funcionários e empresas podem ficar conectados, alunos podem assistir a aulas, inúmeras famílias e amigos podem socializar, e crianças podem interagir com os amigos que costumavam encontrar na pracinha da escola. Graças à Netflix, YouTube, Disney Plus, Hulu, Spotify e Apple Music, há entretenimento abundante à disposição. Graças à Amazon, Instacart e à infinidade de aplicativos de tele-entrega com serviços locais, temos tudo entregue na porta de casa.
Esses aplicativos e serviços on-line dependem de uma base tecnológica construída há décadas. Bill Gates imaginou um futuro com um computador em cada casa. Isso já é passado. Em muitas casas, há mais computadores, smartphones e tablets que pessoas. Antigamente, ficar on-line significava conectar um computador a uma linha telefônica usando um modem lento e barulhento que discava para um provedor de internet; agora, a internet banda larga está em todo lugar e assistimos a filmes em nossos iPhones.
Tente imaginar ficar preso em casa durante uma pandemia como esta na era pré-digital, sem nenhuma das ferramentas, aplicativos e serviços que usamos. Contemplar isso é começar a reconhecer o enorme valor criado pelos criadores da era digital.
Quem são eles? Revolucionários da indústria como Bill Gates, Steve Jobs, Serge Brin, Larry Page, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg. Suas startups, que hoje são corporações de porte mundial, foram viabilizadas pela previsão e pela tomada de risco de investidores e empresas de capital empreendedor. Inúmeros programadores, cientistas da computação e engenheiros de rede vão para o trabalho todos os dias para expandir esses negócios e garantir o funcionamento de seus sistemas.
Manter esses aplicativos, redes e plataformas operacionais em circunstâncias normais já é uma conquista. Realizar tal feito em meio à pandemia, com a demanda aumentada por milhões de pessoas isoladas em casa, é um feito ainda mais impressionante. A Comcast, uma das maiores provedoras de banda larga do país, informou que o uso do tráfego para conferências de voz e vídeo em sua rede aumentou 212% em março. No Zoom, o número de usuários ativos diários disparou 340% desde dezembro.
Somos mais dependentes do que nunca das conquistas dos criadores da era digital. Dediquemos um momento para reconhecer os benefícios que colhemos até agora e expressar nossa gratidão.
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Publicado originalmente em New Ideal.
Traduzido por Matheus Pacini.
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