Muitas pessoas aceitam a ideia de que “se você se esforçar, será recompensado”. Ela está errada, e é só mais uma forma sutil de primazia da consciência – a premissa de que a consciência precede a existência.
Uma recompensa é apenas uma coisa boa obtida por você – isto é, ou você mesmo a criou ou a obteve trocando com alguém um valor que você criou. Criar valor quase sempre – mas nem sempre – requer esforço, mas o esforço por si só nada cria.
É muito difícil cultivar alimentos. Não importa se você mesmo está plantando, ou se está propondo formas mais eficientes de fazê-lo: é provável que você terá que dedicar muito tempo e esforço nisso. Contudo, apenas capinar e adubar a terra não gerará nenhuma colheita.
O que cria valor é o pensamento racional transformado em ação. Você entende como uma coisa funciona, pensa em formas de fazê-la funcionar melhor, e age sobre essa ideia para torná-la real. O que cria valor é a natureza das ações que você toma – a forma como a existência “reage” a elas. O próprio valor é resultado da forma como você transforma o que existe em alguma coisa útil.
Supor que o esforço lhe dá direito a algo é o inverso da relação entre o mental e o físico. É supor que uma das consequências do trabalho racional (esforço) é o que molda as consequência daquela ação na realidade (valor).
A ideia que as pessoas que trabalham duro merecem “sua justa parte”, significando uma boa vida, é completamente equivocada. Pessoas que geram valor merecem o valor que produzem, não importando o esforço que empregaram. Pessoas que trabalham duro, mas mesmo assim não criam valor, estão meramente perdendo seu tempo.
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Revisado por Matheus Pacini.
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