As inovações tecnológicas e a coerção estatal

Recentemente foi noticiado que uma das ideias de negócio de Elon Musk chamada Neuralink estuda implantar chips em cérebros humanos.

Acredito que todas as inovações tecnológicas são magníficas e bem-vindas. O problema que surge com elas, sem que seus criadores sejam responsáveis, ocorre quando, em vez de os indivíduos decidirem adquirir ou rejeitar tais inovações como investidores ou consumidores, o governo resolve usar seu poder de coerção para obrigar as pessoas a financiarem e adquirirem os produtos criados.

Isto vale para qualquer bem, desde o saneamento básico, infraestrutura, educação, saúde, previdência, finanças, pesquisa, etc.

A evolução tecnológica é fruto do desenvolvimento de um sistema social conhecido por capitalismo, que melhorou drasticamente a vida para bilhões de pessoas, mesmo aquelas que ainda não experimentaram esse sistema em seus países.

Se em muitos aspectos não vivemos melhor, é porque o capitalismo tem sido rejeitado por questões éticas e má epistemologia. Além disso, os sistemas que promovem a miséria e a coerção como meio válido de interação social têm a preferência dos intelectuais, políticos e até da sociedade em geral pelas mesmas infundadas e falaciosas razões.

Não me preocupo com as inovações tecnológicas, me preocupo com nossa incapacidade de criar e colocar em prática sistemas sociais que protejam os indivíduos da coerção estatal para, quem sabe, obrigar a implantação de chips nos nossos cérebros.

Se isso acontecer, a discussão sobre livre-arbítrio, que é a decisão de focar a mente e pensar, ou sobre liberdade de consciência, que é a condição de podermos pensar no que quisermos antes, durante e depois de agirmos, ganhará outra dimensão.

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Revisado por Matheus Pacini.

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