A luta ideológica se travou fora do campo da racionalidade.
Os oponentes, apesar de extremistas, fazem parte do mesmo polo, os adeptos do arbítrio. De um lado, os terroristas que promoveram o pânico na sociedade. De outro lado, os negacionistas que instigaram os incautos à evasão da realidade.
Ambos queriam apenas fugir de suas responsabilidades, porque foram incapazes de usar a razão para enfrentar a adversidade e recorreram ao misticismo, ora secular, ora religioso, inventando estudos científicos sem comprovação em evidências ou desprezando a lógica deduzida da realidade objetiva.
Séculos, milênios de experiências com crises sanitárias foram desprezados. Até mesmo a ciência verdadeira foi deixada de lado.
As decisões políticas acabaram agravando o estado geral da sociedade porque, em vez de tomarem as duras e trabalhosas medidas para conter a pandemia, preferiram violar direitos, descartar princípios, destruir valores, colocando em prática pautas populistas e demagógicas, sempre com imbatível incompetência.
Não há governante nesse país que não tenha colaborado com a crise. Seja por ação ou omissão, não faltou reação tardia e equivocada para cada fase na evolução da pandemia.
O caos promovido pelos governos em todas as suas instâncias estabeleceu um estado de anarquia que não se veria se não tivéssemos um sistema social e político como esse que nos é presenteado desde Brasília, passando pelas capitais até a mais remota prefeitura fronteiriça.
A crise sanitária expôs nossas deficiências éticas e políticas, nossa fragilidade em economia e principalmente a ausência de salvaguardas para aquilo que é mais precioso para cada um de nós: ser dono do próprio destino, ser mandatário e protagonista da própria vida.
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Revisado por Matheus Pacini.
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