6 citações de A Nascente para quem pensa em largar a faculdade

Recentemente acabei de reler o romance A Nascente pela primeira vez desde que saí da Universidade de Michigan há mais de dois anos. Dessa vez fiquei agradavelmente surpreso por sua relevância tanto para minha experiência como alguém que abandonou a faculdade, como para a visão que a Praxis está tornando realidade para milhares de jovens.

Creio que se tivesse tido o romance fresco em minha mente na hora do vestibular, talvez tivesse zerado a prova, e não perdido dois anos de minha vida tentando redescobrir o que eu já sabia: que a faculdade não era para mim.

Como não desejo a faculdade a ninguém (a não ser como algum tipo de castigo), selecionei seis de minhas citações favoritas de A Nascente que o ajudarão a reconsiderar sua decisão de entrar na faculdade.

Suas barreiras são autoimpostas,

Meu caro rapaz, quem vai deixá-lo fazer isso? A questão não é essa. A questão é: quem vai me impedir?[1]

Você tem só uma vida. Viva para si próprio.

Mas veja – disse Roark calmamente –, eu tenho, talvez, mais sessenta anos de vida. Vou passar a maior parte desse tempo trabalhando. Eu escolhi o trabalho que quero fazer. Se ele não me der nenhuma alegria, estarei me condenando a sessenta anos de tortura. E eu só posso encontrar alegria em meu trabalho se o fizer da melhor forma possível. Mas o melhor é uma questão de padrões, e eu estabeleço meus próprios padrões. Não herdo nada. Não sou seguidor de nenhuma tradição. Talvez eu seja o início de uma.[2]

Que tipo de pessoa você encontra na faculdade?

Ouça o que é pregado hoje em dia. Olhe para todos ao nosso redor. Você se perguntou por que eles sofrem, por que buscam a felicidade e nunca a encontram. Se qualquer homem parasse e se perguntasse se alguma vez teve um desejo verdadeiramente pessoal, ele encontraria a resposta. Veria que todos os seus desejos, seus esforços, seus sonhos, suas ambições são motivados por outras pessoas. Ele não está realmente lutando nem mesmo pela riqueza material, mas pela ilusão daquele que vive à custa dos outros: o prestígio. Um carimbo de aprovação, mas não dado por ele mesmo. Ele não consegue encontrar nenhuma alegria na luta e nenhuma alegria quando é bem-sucedido. Ele não pode dizer, com relação a uma única coisa: “Foi isso o que eu quis porque fui eu quem quis, não porque fez com que os meus vizinhos olhassem boquiabertos para mim.” Então ele se pergunta por que é infeliz.[3] 

Seja sincero consigo mesmo.

Vender a alma é a coisa mais fácil do mundo. É o que todas as pessoas fazem, a cada hora da vida delas. Se lhe pedisse que não abrisse mão da sua alma, você entenderia por que isso é muito mais difícil?[4]

Isso o faz recordar da faculdade?

Durante sua primeira semana na escola, a professora fazia perguntas a Gail Wynand constantemente – era puro prazer para ela, pois ele sempre sabia as respostas. Quando confiava em seus superiores e no propósito deles, ele obedecia como um espartano, impondo a si mesmo o tipo de disciplina que exigia de seus próprios súditos na gangue. Mas a energia de sua vontade era desperdiçada: em uma semana, percebeu que não precisava fazer nenhum esforço para ser o primeiro da classe. Depois de um mês, a professora já não notava mais a sua presença. Parecia inútil, ele sempre sabia a lição e ela precisava se concentrar nas crianças mais lentas e menos espertas. Ele ficava sentado, pacientemente, durante horas que se arrastavam como correntes, enquanto a professora repetia, revisava e repassava, suando para arrancar alguma faísca de entendimento dos olhos vazios e das vozes que balbuciavam.[5]

Seja pioneiro do inevitável

“Ao longo dos séculos, existiram homens que deram os primeiros passos em novos caminhos, armados apenas com sua própria visão. Seus objetivos variavam, mas todos eles tinham algo em comum: o seu passo era o primeiro, o seu caminho era novo, a sua visão era original e a reação que receberam… o ódio. Os grandes criadores… pensadores, artistas, cientistas, inventores… – enfrentaram sozinhos os homens de seu tempo. Todas as grandes ideias originais foram atacadas. Todas as invenções revolucionárias foram denunciadas. O primeiro motor foi considerado uma bobagem. O avião, impossível. A máquina de tear, maligna. A anestesia, pecaminosa. Mas os homens de visão independente seguiram adiante. Eles lutaram, sofreram e pagaram. Mas venceram.[6]

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Traduzido por Matheus Pacini.

Publicado originalmente em Praxis.

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[1] RAND, Ayn. A Nascente. São Paulo: Arqueiro, 2013. Vol I, p. 25.

[2] RAND, Ayn. A Nascente. São Paulo: Arqueiro, 2013. Vol I, p. 27.

[3] RAND, Ayn. A Nascente. São Paulo: Arqueiro, 2013. Vol II, p. 251-252.

[4] RAND, Ayn. A Nascente. São Paulo: Arqueiro, 2013. Vol II, p. 218.

[5] RAND, Ayn. A Nascente. São Paulo: Arqueiro, 2013. Vol II, p. 20.

[6] RAND, Ayn. A Nascente. São Paulo: Arqueiro, 2013. Vol II, p. 331-332.

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