Respostas a um texto esquerdista

À luz do Objetivismo, Roberto Rachewsky rebate o texto de um esquerdista, enviado a um dos leitores do site Objetivismo Brasil.

Eis o texto:

“Entenda pela última vez quando digo que sou de esquerda. Ser de esquerda é:

  • Optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social.
  • Inconformar-se com toda forma de injustiça.
  • Considerar aberração a desigualdade social
  • Defender os direitos do animais.
  • Condenar homens brancos, ricos!

Segue a resposta, ponto a ponto.

  • [Ser de esquerda é optar pelos pobres]

A opção pelos pobres que a esquerda costuma reivindicar para si é falaciosa. Nenhum sistema político-econômico destruiu mais riqueza, substituindo-a por miséria, que os regimes de esquerda, independentemente de sua forma – comunismo, socialismo, social democracia, fascismo ou nazismo.

A opção pelos pobres é ilusória. Na realidade, esquerdistas optam pela miséria e pobreza. Na ânsia de distribuir a riqueza criada, destroem oportunidades, desestimulam o desenvolvimento, acabam com a abundância e, logo, instituem a escassez.

O capitalismo, sistema político-econômico que fundamenta o livre mercado, ou seja, o mercado livre da coerção e da violência em que predomina a livre iniciativa, a propriedade privada, o respeito aos contratos, às transações particulares e aos direitos individuais inalienáveis (à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade), é o único que reduz a população pobre ao criar as condições necessárias para que enriqueçam, reduzindo ou eliminando, quase totalmente, a pobreza e a miséria.

  • [Ser de esquerda é considerar aberração a desigualdade social]

A desigualdade social que os esquerdistas tanto denunciam é apenas um sintoma do ressentimento que carregam na alma. Todo esquerdista se submete à inveja por não aceitar o sucesso e a felicidade alheia. Desprezam os virtuosos exatamente por esses serem virtuosos. Ou, pior, experimentam um doloroso sentimento de culpa. Todo esquerdista rico não suporta a pobreza alheia – e nem a própria riqueza – normalmente obtida através de algum privilégio estabelecido à custa dos pobres, do qual jamais abrirá mão.

Desigualdade social, tanto do ponto de vista econômico como do moral, é irrelevante. Nós, seres humanos, somos indivíduos e como tal desiguais em todos os aspectos metafísicos. Temos características distintas; temos talentos, virtudes e vícios diferentes uns dos outros, e queremos coisas diferentes. São nossas diferenças, manifestadas em nossas ações num regime de liberdade, que nos fazem cooperar com vistas a suprir nossas deficiências, carências e demandas. São nossas diferenças que nos fazem mais ricos como sociedade. Somente na morte encontramos a igualdade absoluta. Por isso mesmo que os regimes socialistas matam tanto quando os tiranos no poder resolvem impor uma igualdade geral, tolhendo as liberdades, anulando as identidades individuais e, até mesmo, aniquilando a vida de quem se rebela contra a opressão. Os tiranos no poder se consideram melhores que os outros, e são os mais violentos. Questionar a desigualdade social e econômica não faz sentido: temos de questionar, sim, porque a pobreza e a miséria existem. Qual a resposta? Pela falta de liberdade.

  • [Ser de esquerda é indignar-se frente à exclusão social]

Somente a violência do Estado pode estabelecer a exclusão social. Por exemplo, o salário mínimo exclui do mercado de trabalho jovens inexperientes ou pessoas com baixa produtividade que produzem menos valor que o salário mínimo imposto pelo governo ao empregador. Outro exemplo é a burocracia estabelecida pelo Estado que dificulta o acesso de quem quer produzir no mercado, excluindo-os da possibilidade de criar valor para sua subsistência, bem como para o benefício dos demais.

  • [Ser de esquerda é inconformar-se com toda forma de injustiça]

Não existe qualquer outra forma de injustiça que não seja aquela que desdenha o mérito. Justiça sem mérito não é justiça. A justiça só tem sentido quando alguém recebe o que fez por merecer. A única igualdade possível no contexto social é a igualdade perante a lei. Todos os indivíduos, independentemente de suas diferenças, devem ser tratados igualmente perante a lei de acordo com seus direitos individuais, bem como de seus atos. Quem cria valor merece enriquecer; quem destrói, merece pagar por ele. Quem tira uma vida merece punição, quem gera riqueza para os outros merece ser recompensado por fazê-lo.

  • [Ser de esquerda é gostar de animais]

Animais não possuem direitos, devendo ser tratados como bens. Como tal, devem ser submetidos à instituição que melhor protege qualquer bem, isto é, a propriedade privada. Animais sem dono sofrem sem cuidados. Animais com dono recebem cuidados melhores porque ele vê neles um valor (sentimental ou econômico). Animais irracionais não possuem direitos exatamente por sua natureza irracional. Qualquer ser humano, independentemente de sua orientação ideológica, é capaz de amar e odiar animais. Esquerdistas, por exemplo, são capazes de odiar seres humanos.

  • [Ser de esquerda é escrever: fora com esses homens brancos, ricos!!!]

Há diversos tipos de homens, independentemente da cor da pele, altura, peso, idade, beleza, nacionalidade ou, até mesmo, nível de inteligência. Da mesma forma, há mulheres de todos os tipos também. Tal fato não concede a eles/elas qualquer privilégio. Analisar indivíduos sob um viés coletivista é coisa de preconceituoso, racista, feminista, machista ou nazista. O que importa de fato é o caráter do indivíduo, sua racionalidade, sua honestidade – principalmente, a honestidade intelectual que faz com ele compreenda que qualquer ideia de esquerda ou é proveniente de um sentimentalismo exacerbado que oblitera a razão e a realidade, ou de um idealismo utópico que leva ao desejo totalitário de mudar a realidade, a natureza do universo e do homem. É por isso que, enquanto o capitalismo, através da liberdade econômica e da igualdade perante a lei, permitiu que bilhões de pessoas deixassem a miséria, o esquerdismo, em suas variadas formas, assassinou centenas de milhões através do uso da coerção, do genocídio ou da fome, intencionalmente ou não. Os sistemas defendidos pela esquerda escravizaram populações inteiras até que a miséria transformou todos em pobres e miseráveis, igualmente pobres e miseráveis. No capitalismo, só fica rico quem cria valor equivalente a um sem número de consumidores. Nos sistemas defendidos pela esquerda, costumam ficar ricos os aliados ou integrantes do poder estatal. Esses não precisam criar valor algum para a sociedade, bastando apenas a associação com quem está no poder em busca de algum tipo de privilégio.

Mesmo assim, nem os sistemas coletivistas-estatistas que a esquerda defende conseguiram promover a igualdade absoluta. A riqueza produzida sob esses regimes acabou na mão dos psicopatas que detinham o poder, tornando-os ricos, imoralmente ricos.

Todo esquerdista que se diz a favor dos pobres está na realidade defendendo a pobreza para benefício de psicopatas sedentos pelo poder e pela riqueza.”

Entendeu?

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Revisado por Matheus Pacini.

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