Lições que podemos aprender com “A nascente”

Esse livro foi publicado em 1943 e escrito por uma das autoras mais importantes da literatura mundial, a fantástica Ayn Rand.

A história começa no início do século XX, quando dois arquitetos, Peter Keating e Howard Roark, se formam. Os dois têm personalidades muito diferentes, no entanto, ambos são bastante talentosos: o primeiro almeja a fama, o sucesso, o reconhecimento; e o segundo, um dos personagens mais importantes do livro, é diferente dos demais: ele ama a arquitetura, mas é incompreendido pelos outros arquitetos da época por ter ideias inovadoras e bastante particulares. Ele rejeita a arquitetura renascentista/clássica, e por esse motivo é rotulado de maneira pejorativa como ‘modernista’.

Lição #1 — Siga seus sonhos

Logo na abertura do primeiro capítulo, vemos que Howard sai de uma das melhores faculdades de arquitetura por não se encaixar na educação formal e não aceitar que a arquitetura deve ser algo padronizado, sem abertura para a inovação.

O diretor chega a perguntar para Howard se ele seria alguém na vida se ele continuasse com essa ‘falta de comprometimento artístico’. O ponto não é quem vai deixar que ele seja bem-sucedido, mas quem vai impedi-lo?

Essa questão mostra que Howard é o modelo ideal de homem que Ayn Rand defende. Com isso, aprendemos com o personagem que devemos seguir nossas metas, independente da opinião alheia, respeitando o contexto.

Lição #2 — Decida por si mesmo

Em determinado momento, Keating está indeciso entre estudar em uma instituição renomada e trabalhar para um dos homens mais importantes do ramo.

“[…] Por outro lado, Guy Francon me ofereceu um emprego há algum tempo. Hoje ele disse que a vaga ainda está disponível. E eu não sei qual escolher.”

Sendo assim, ele pede conselhos para o Howard, que diz:

“– Se quer o meu conselho, Peter — disse afinal –, você já cometeu um erro. Ao me perguntar. Ao perguntar para qualquer pessoa. Jamais pergunte a ninguém.”

Peter: “Mas estou falando sério. Como você sempre consegue decidir?”

Howard: “Como pode deixar que os outros decidam por você?”

A maior lição que pode ser extraída desse capítulo é: saiba o que você quer, tome decisões baseadas na sua razão e não procure nos outros a resposta que deveria partir de você. Busque a sua própria aprovação.

Lição #3 — Faça o que você ama

Henry Cameron foi um grande arquiteto durante sua juventude, contudo foi rapidamente esquecido pela mídia e passou a viver miseravelmente. Já no final de sua carreira, é procurado por Howard, que tendo a opção de trabalhar para pessoas famosas e que pagam bem, preferiu trabalhar para ele, por simpatizar com seus ideais de arquitetura.

“Olhe, Roark, há algo em você, a coisa de que tenho medo. Não é apenas o tipo de trabalho que você faz. Eu não ligaria se você fosse um exibicionista que banca o diferente como um truque, uma brincadeira, só para chamar atenção para si mesmo. É uma estratégia esperta, ser o oposto do que todo mundo é, diverti-los e fazê-los pagar para ver o show alternativo. Se você fizesse isso, eu não me preocuparia. Mas não é assim. Você ama o seu trabalho. Que Deus o ajude, você ama o que faz! E essa é a maldição. É a marca estampada na sua testa, para que todos vejam.”

Cameron tenta convencer Howard a se demitir e procurar um lugar melhor para trabalhar, porque ele reconhece seu grande potencial.

“Você ama o que faz e eles sabem disso, e sabem que você está nas mãos deles.”

“Você alguma vez olha para as pessoas na rua? Não tem medo delas? Eu tenho.”

“Elas passam por você, usando chapéu e carregando pacotes. Mas essa não é a substância delas. A substância delas é o ódio por qualquer homem que ame o seu trabalho. É o único tipo de pessoa que temem. Não sei por quê. Você está se abrindo, Roark, para cada um deles. ”

Outra lição importante é: faça o que você ama. Howard trabalhava naquele lugar mesmo tendo um salário ruim e pouca demanda, pois gostava de ser arquiteto e ter a liberdade de criar e inovar como quisesse.

Ele diz no primeiro capítulo também:

“– Mas veja — disse Roark calmamente –, eu tenho, talvez, mais sessenta anos de vida. Vou passar a maior parte desse tempo trabalhando. Eu escolhi o trabalho que quero fazer. Se ele não me der nenhuma alegria, estarei me condenando a sessenta anos de tortura. E eu só posso encontrar alegria em meu trabalho se o fizer da melhor forma possível. Mas o melhor é uma questão de padrões, e eu estabeleço meus próprios padrões. Não herdo nada. Não sou seguidor de nenhuma tradição. Talvez eu seja o início de uma.”

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Revisado por Matheus Pacini.

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