Saúde pública não tem nada a ver com médicos, hospitais e medicamentos, muito menos com seguros, bens e serviços de uso individual.
Saúde pública tem a ver com doenças contagiosas que exigem quarentena, confinamento e vacinação em massa para que pessoas doentes, por desconhecimento ou irresponsabilidade, não coloquem a vida de terceiros em risco.
Mesmo nessa área da saúde, o governo deveria atuar apenas no que lhe diz respeito, o uso da coerção, que deveria ser requisitado ao poder público pelos profissionais de saúde privados, especializados em medicina sanitária e epidemiológica.
O governo não deveria se imiscuir, de nenhuma forma, no que diz respeito ao provimento de serviços na área de saúde. Hospitais, clínicas, postos de saúde, farmácias, laboratórios de análises, indústrias farmacêuticas e planos de saúde deveriam ser inteiramente dependentes da iniciativa privada.
Coisas como essa da distribuição de médicos pelo território brasileiro via iniciativa do governo não têm cabimento. Aqueles que quiserem ter os serviços de saúde que paguem pelo que está ao seu alcance ou então que migrem para as cidades.
Viver no fim do mundo é uma escolha que tem suas consequências. Nenhum governo deveria obrigar os outros a fornecer as benesses da civilização só porque o cara quer continuar vivendo num grotão.
Não, não pensem que eu sou um insensível sem coração. Pelo contrário, eu tenho a convicção de que essa gente toda que é miserável teria uma vida muito melhor sem a ajuda do estado.
Todos os problemas que podemos identificar no que se refere à saúde dos brasileiros devem-se ao fato de que não vivemos em regime de livre mercado.
Tudo, do saneamento básico, fornecimento de água, indústria alimentícia, educação, credenciamento e certificação de médicos e agentes de saúde, produção, importação e comercialização de medicamentos, construção de hospitais, farmácias e clínicas, construção de estradas e complexos para o transporte de massa, seguros e planos de saúde, à contratação e formação de mão-de-obra, é regulado e taxado fortemente pelo estado.
Enfim, qualquer iniciativa que gere valor para a sociedade está muito mais à mercê da mão onipresente, incompetente, coercitiva e corrupta do estado do que da mão invisível, virtuosa e criativa do mercado.
As pequenas ilhas de excelência que temos no país tratando da saúde e bem-estar dos brasileiros são privadas, e vivem às voltas com a pressão do governo que as torna quase inviáveis.
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Publicado originalmente em Instituto Liberal.
Revisado por Matheus Pacini.
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