“produtividade é a aceitação da moralidade, o reconhecimento do fato de que vocês optam por viver; de que o trabalho produtivo é o processo por meio do qual a consciência do homem controla sua existência, um processo constante de aquisição de conhecimento, um dar forma à matéria para adequá-la aos objetivos que se tem, um processo de traduzir uma ideia em forma concreta, um refazer da terra à imagem dos valores que se tem; de que todo trabalho é criativo, se feito por uma mente que pensa, e nenhum trabalho é criativo, se feito por um zero que se repete, num estupor desprovido de pensamento crítico, numa rotina aprendida com outrem; de que o seu trabalho deve ser escolhido por vocês, e as alternativas são tão múltiplas como é vasta a sua mente; de que nada mais lhes é possível e nada menos é humano; de que obter por meios desonestos um emprego acima das capacidades da sua mente é se tornar um macaco corroído pelo medo, que imita os movimentos dos outros e rouba o tempo dos outros, e aceitar um emprego que exige menos do que o máximo da sua capacidade mental é desligar seu motor e se condenar a um outro tipo de movimento: o apodrecimento; de que o seu trabalho é o processo de atingir os seus valores e perder a sua ambição pelos valores é perder a sua ambição de viver; de que seu corpo é uma máquina, mas a sua mente é o motorista, e vocês devem ir tão longe quanto ela puder levá-los, tendo a realização como meta da sua estrada; de que o homem que não tem objetivo é uma máquina que desce uma ladeira descontrolada, à mercê do primeiro pedregulho ou da primeira vala que encontrar; de que o homem que sufoca sua mente é uma máquina emperrada enferrujando aos poucos; de que o homem que deixa que um líder determine seu percurso é um veículo amassado sendo rebocado para o ferro-velho, e o homem que toma outro homem como sua meta é um mochileiro a quem nenhum motorista deve jamais dar carona; de que o seu trabalho é o objetivo da sua vida, e vocês jamais devem parar para qualquer assassino que se arrogue o direito de detê-los; de que qualquer valor que encontrem fora do seu trabalho, qualquer outra causa ou amor, só pode ser um viajante com quem desejem compartilhar sua viagem, dotado do próprio motor e seguindo a mesma direção de vocês[1].”

 

“a virtude da produtividade é o reconhecimento do fato de que o trabalho produtivo é o processo pelo qual a mente humana sustenta sua vida, o processo que liberta o homem da necessidade de ajustar-se ao meio ambiente, como fazem todos os animais, e que lhe dá o poder de ajustar o meio ambiente a si próprio. O trabalho produtivo é o caminho da realização ilimitada do homem e exige deste os maiores atributos de seu caráter: sua habilidade criativa, sua ambição, sua autoafirmação, sua recusa em suportar desastres que ele não provocou, sua dedicação ao objetivo de transformar a terra na imagem de seus valores. “trabalho produtivo” não significa a realização dos movimentos inconscientes de alguma tarefa. Significa a busca de uma carreira produtiva, escolhida conscientemente, em qualquer linha de empenho racional, grande ou modesta, e em qualquer nível de habilidade. O eticamente relevante aqui não é o grau de habilidade de um homem, nem o nível de importância de seu trabalho, mas o mais completo e o mais resoluto uso de sua mente[2].”

 

“o trabalho produtivo é o propósito central da vida de um homem racional, o valor central que integra e determina a hierarquia de todos os seus outros valores. A razão é a fonte, a precondição de seu trabalho produtivo – orgulho é o resultado[3].”

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publicado originalmente em ayn rand lexicon

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[1] rand, ayn. a revolta de atlas. trad. De paulo henriques britto. Rio de janeiro: sextante, 2010. V iii, p.342

[2] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.36

[3] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.35

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