o racismo é a forma mais baixa e mais cruelmente primitiva de coletivismo. é a noção de atribuir significado moral, social ou político à linhagem genética de um homem — é a noção de que os traços caracterizadores e intelectuais de um homem são produzidos e transmitidos por sua química corporal interna. O que quer dizer, na prática, que um homem deve ser julgado, não por sua índole ou ações, mas pelas índoles e ações de um coletivo de antepassados.
o racismo afirma que o conteúdo da mente de um homem (não seu aparato cognitivo, mas seu conteúdo) é herdado; que as convicções, caráter e valores de um homem são determinados antes de seu nascimento, por fatores físicos além de seu controle. Esta é a versão do homem das cavernas da doutrina das ideias inatas — ou do conhecimento herdado —, a qual tem sido completamente contestada pela filosofia e pela ciência. O racismo é uma doutrina de, por e para brutamontes. é uma versão de quintal ou de fazenda de gado do coletivismo, apropriada à mentalidade que diferencia várias raças de animais, mas não animais e homens.
como toda forma de determinismo, o racismo invalida o atributo específico que distingue o homem de todas as outras espécies vivas: sua faculdade racional. O racismo nega dois aspectos da vida do homem: razão e escolha, ou inteligência e moralidade, substituindo-os por predestinação química.[1]
um gênio é um gênio, independentemente do número de retardados mentais que pertençam à mesma raça — e um retardado mental é um retardado mental, independentemente do número de gênios que têm a mesma origem racial.[2]
como toda forma de coletivismo, o racismo é uma procura pelo não-obtido. é uma procura pelo conhecimento automático — por uma avaliação automática das índoles dos homens que desviam a responsabilidade de exercitar o julgamento racional ou moral — e, acima de tudo, uma procura por uma autoestima automática (ou pseudoautoestima).[3]
hoje, o racismo é considerado um crime se praticado por uma maioria – mas como um direito inalienável se praticado por uma minoria. A noção de que uma cultura é superior a todas as outras puramente porque ela representa as tradições dos ancestrais de um indivíduo, é considerado como chauvinismo se praticado por uma maioria – mas como orgulho “étnico” se demonstrado por uma minoria.[4]
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tradução de felicia volkweis e matheus pacini
publicado originalmente em ayn rand lexicon
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[1] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.158
[2] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.160
[3] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.160
[4] rand, ayn. the age of envy,”. return of the primitive: the anti-industrial revolution, p. 142
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