a ética altruísta é baseada em uma metafísica de “universo malevolente’, na teoria de que o homem, por sua natureza própria, é desamparado e condenado — que sucesso, felicidade, conquista são impossíveis para ele — que emergências, desastres, catástrofes são a norma de sua vida, e que sua meta primordial é combatê-los.[1]

 

defender as ideias erradas em qualquer questão filosófica necessariamente prejudica ou destrói a premissa do universo benevolente. Em metafísica, por exemplo, qualquer desvio da visão de que o mundo em que vivemos é a realidade total, final e absoluta – qualquer desvio disso necessariamente destrói a confiança do homem em sua habilidade de lidar com o mundo e, assim, abre espaço para o elemento do universo malevolente. O mesmo se aplica em epistemologia: ao concluir, por qualquer motivo, que a razão não é válida, o homem não tem ferramenta para alcançar virtudes; assim, derrota e tragédia são inevitáveis.

isso também se aplica a ética. Defender valores incompatíveis com a vida – tais com o autossacrifício e o altruísmo – não se pode alcançar tais valores; o homem logo passa a sentir que o mal é potente, enquanto é condenado à miséria, sofrimento e fracasso. São os códigos irracionais de moralidade que alimentam a atitude do universo malevolente nas pessoas e levam à síndrome eloquentemente expressada pelo filósofo schopenhauer: “não importa o que dizem, o momento mais feliz de um homem feliz é o momento que adormece, e o momento mais infeliz do infelizes é quando desperta. A vida humana deve ser algum tipo de erro.”

aqui, certamente, existe “algum tipo de erro”. Mas não é a vida. São os tipos de filosofias usados para aniquilar o homem – tornando-o incapaz de viver – filosofias, posso dizer, que são perfeitamente exemplificadas pelas ideias de schopenhauer.[2]

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tradução de matheus pacini

publicado originalmente em ayn rand lexicon

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[1] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.64

[2] peikoff, leonard. the philosophy of objectivism. aula 8.

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