“independência é o reconhecimento do fato de que a responsabilidade de discernir é sua e nada pode ajudá-los a se esquivar dessa responsabilidade; de que nenhum substituto pode pensar por vocês; de que nenhum substituto pode viver a sua vida; de que a forma mais vil de autodegradação e autodestruição é subordinar a sua mente à de outro, aceitar uma autoridade sobre seu cérebro, aceitar as afirmações de outro como fatos, suas opiniões como verdades, seus decretos como intermediários entre sua consciência e sua existência.[1]

 

a sua mente é o seu único juiz da verdade – e, se os outros discordam do seu veredicto, a realidade é a última instância de apelação. Nada senão a mente de um homem pode realizar aquele processo complexo, delicado e crucial de identificação que é o pensamento. Nada senão seu próprio discernimento pode orientar esse processo. Nada senão sua integridade moral pode orientar seu discernimento.[2]

 

vivam e ajam dentro dos limites do seu conhecimento e os ampliem até o fim da vida. Redimam a mente da casa de penhores da autoridade. Aceitem o fato de que vocês não são oniscientes, mas saibam que bancar o zumbi não vai torná-los oniscientes; aceitem o fato de que a sua mente é falível, mas admitam que se livrar dela não vai torná-los infalíveis; aceitem o fato de que um erro que cometeram por iniciativa própria é mais seguro do que 10 verdades aceitas por fé, porque a sua iniciativa lhes dá os meios de corrigi-lo, ao passo que a mera aceitação destrói a sua capacidade de distinguir a verdade do erro. Substituam o seu sonho de autômatos oniscientes, aceitem o fato de que todo conhecimento que o homem adquire é fruto da própria vontade e do próprio esforço, e que isso é o que o distingue no universo, essa é a sua natureza, sua moralidade, sua glória.[3]

 

um tipo de erro similar é cometido pelo indivíduo que declara que, já que o homem deve ser guiado por seu próprio julgamento independente, qualquer ato que ele escolha realizar é moral, contanto que ele o faça, nosso próprio julgamento independente é o meio pelo qual nós devemos escolher nossos atos, mas não é um critério, nem uma justificativa moral: somente a referência a um princípio demonstrável pode validar nossas escolhas.[4]

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revisado por matheus pacini

publicado originalmente em ayn rand lexicon

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[1] rand, ayn. a revolta de atlas. trad. De paulo henriques britto. Rio de janeiro: sextante, 2010. V iii, p.341

[2] rand, ayn. a revolta de atlas. trad. De paulo henriques britto. Rio de janeiro: sextante, 2010. V iii, p.339

[3] rand, ayn. a revolta de atlas. trad. De paulo henriques britto. Rio de janeiro: sextante, 2010. V iii, p.383

[4] rand, ayn. a virtude do egoísmo. Trad. De on line-assessoria em idiomas. Porto alegre: ed. Ortiz/iee, 1991. P.18

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