Craig Biddle explica qual é a consequência prática de ter a vida como “valor último” frente à existência do governo.
Diria Ayn Rand,
Um valor supremo é aquele objetivo final para o qual todos os objetivos menores são meios — ele estabelece o critério pelo qual todos os objetivos menores são valorados. A vida de um organismo é o seu padrão de valor: aquilo que promove sua vida é o bem, aquilo que a ameaça é o mal.
Sem um objetivo último ou fim, não pode haver objetivos ou meios menores: uma série de meios que avançam em uma progressão infinita na direção de um fim inexistente é uma impossibilidade metafísico-epistemológica. É somente um objetivo último, um fim em si mesmo, que faz possível a existência de valores. Metafisicamente, a vida é o único fenômeno que é um fim em si mesmo: um valor ganho e mantido por um processo constante de ação. Epistemologicamente, o conceito de “valor” é geneticamente dependente e derivado do conceito antecedente de “vida”. Falar de “valor“ separadamente de “vida“ é pior que uma contradição em termos. “É somente o conceito de ‘vida’ que torna possível o conceito de ‘Valor’.”[1]
RAND, Ayn. A Virtude do Egoísmo. Trad. de On Line-Assessoria em Idiomas. Porto Alegre: Ed. Ortiz/IEE, 1991. p.24