Uma carta para Bill Gates

Meu caro Bill, se você acha que ganha demais, baixe os preços de seus produtos sem que eles percam a qualidade notória da marca Microsoft.

Mais pobres sairão da pobreza assim, do que se você der dinheiro para o governo.

Entendo que sua colossal riqueza gera um sentimento de culpa. Tenho vários amigos que sofrem do mesmo mal. Quem gera tanto valor não pode perder o foco e deixar-se levar por emocionalismos ou problemas psicológicos tão fáceis de superar como esse.

Se analisar racionalmente, verá que essa história de give back (devolver) é falaciosa. Esse movimento foi criado por aqueles que, por não serem capazes de criar valor, querem fazer com que você, Bill, sinta-se culpado por sua riqueza, mesmo ela sendo legítima e resultado de trocas livres, espontâneas e voluntárias.

Não caia nessa armadilha. Políticos e outros parasitas estão de olho no seu dinheiro, por isso se vendem como solução para os seus “problemas”.

Não foram os governos que tiraram os miseráveis da miséria ou os pobres da pobreza. Foi a liberdade para empreender e o aumento consequente da produtividade que fizeram isso.

A redução da miséria e da pobreza ocorreu apesar das políticas governamentais, e não por causa delas. Os índices de desenvolvimento humano têm melhorado apesar dos políticos e burocratas do governo, e não por causa deles.

Da mesma maneira, não foi a caridade que melhorou o padrão de vida das pessoas, mas sim a indústria e o comércio, operando em regime de liberdade, onde a propriedade privada e o estado de direito foram implantados, protegidos ou promovidos.

Bill, em vez de pedir ao governo que aumente impostos, ou de doar a sua fortuna para ele, baixe os preços dos seus produtos, invista ainda mais em inovação, mas sem perder a lucratividade necessária para manter a Microsoft na liderança e em operação.

Bill, aproveite também e pare de fazer lobby no Congresso. Os políticos e os advogados envolvidos não produzem nada que mereça tanto dinheiro. Você está alimentando aqueles que exploram quem produz riqueza e melhora a vida da sociedade.

Não se sinta culpado. Sinta-se orgulhoso de seus feitos. Sua riqueza é merecida. Eu mesmo contribuo para ela todos os meses.

Abraço,

Roberto Rachewsky.

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Revisado por Matheus Pacini.

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