Por que o autointeresse é uma necessidade existencial do ser humano?

Não custa repetir: individualismo puro não é sinal de arrogância. Arrogância é querer obrigar os outros a fazerem o que não fariam se fossem livres para decidir.

Egoísmo ou autointeresse (racional) é uma necessidade existencial do ser humano. Quem não vai atrás do que lhe interessa não sobrevive ou, então, torna-se um peso para os demais tendo depois que se fazer de vítima, exigindo que os outros se sacrifiquem por ele. Quando não é assim, aderem à violência feita com as próprias mãos ou através do governo.

Não confunda egoísmo ou autointeresse com viver em uma redoma, isolado, ou querer sacrificar os outros para obter o que deseja de qualquer jeito, mesmo sendo imoral. Isso é altruísmo.

Em um ambiente onde as pessoas cooperam livremente todos ganham, porque para obter algo de valor de alguém é preciso antes criar valor para quem está dando algo em troca. É o sistema ganha/ganha de cooperação. Quando alguém precisa dar algo à força para outro, ainda mais sendo obrigado pelo governo, contra quem não temos como nos defender, estamos submetidos ao sistema ganha/perde. Quem é mais forte ganha, quem é mais fraco perde. Isso não é cooperação: é exploração.

Esse tipo de transferência de valor que descrevo é exatamente o que o governo protagoniza. Ele é o mestre, aqueles que criam valor e veem esse valor sendo subtraído à força, são escravos explorados. Não compreender essa lógica é o que nos torna uma sociedade cleptocrática. Aqueles que não se rebelam contra essa maneira insidiosa de ganhar a vida, ou pelo menos não denunciam imaginando que talvez, um dia, também obterão uma vantagem imoral do governo, pecam pela sua omissão e contribuem para que o ciclo vicioso da política praticada sobre uma base ética nefasta se perpetue levando a sociedade ao colapso como civilização.

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Publicado originalmente em Instituto Liberal.

Revisão de Matheus Pacini.

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