O significado das promessas de ano novo

Toda véspera de ano novo, milhões de pessoas fazem promessas para o ano seguinte. As promessas variam entre quitar uma dívida, passar mais tempo com a família ou parar de fumar, por exemplo, mas todas têm uma coisa em comum: são metas que tornarão a nossa vida melhor.

Infelizmente, tal ritual comprometido com o autoaperfeiçoamento normalmente é visto como piada – em parte, porque essas promessas raramente são cumpridas. Após anos vendo os outros comprometerem-se animadamente com um novo objetivo, apenas para abandoná-lo em março, muitos concluem que a celebração das promessas de ano novo é um exercício de futilidade que não deve ser levado a sério. “A temporada de idiotices está aí,” escreve um colunista do Washington Post, “Quando as pessoas se sentem compelidas a se recriar através das promessas de ano novo.”

Essa atitude cínica é falsa e autodestrutiva. Fazer promessas de ano novo não tem que ser um exercício inútil – e fazê-las não é algo bobo; se feitas com seriedade, tornam-se um ato de profundo significado moral que incorpora a essência de uma vida bem-vivida. Considere o que fazemos ao criarmos uma promessa de ano novo: analisamos onde estamos em alguma área de nossa vida, pensamos aonde queremos estar e, posteriormente, estabelecemos uma meta para chegar lá. Se nos sentimos cansados de ser gordinhos e preguiçosos, e queremos uma melhor aparência e um alto nível de energia com uma maior aptidão, por que não fazer a promessa de se dedicar a uma divertida atividade atlética – como tênis ou uma arte marcial?

Esse é um ato ridículo de autoilusão? Claro que não! Se assim fosse, como alguém conquistaria algo em sua vida? Com efeito, só é possível fazer uma promessa de ano novo ao reconhecer a inegável realidade de que a busca do sucesso objetivo é possível – e que estabelecer metas de longo prazo é a receita do sucesso. Entretanto, metas não são apenas para atingir metas de longo prazo, mas são necessárias para o sucesso geral em sua vida. Só é possível fazer uma promessa de ano novo ao reconhecer a inegável realidade das carreiras gratificantes e dos romances apaixonados que não acontecem de forma automática – que, para conseguir o que queremos em nossas vidas, devemos escolher conscientemente.

Infelizmente, uma orientação dirigida para metas está ausente na vida de muitas pessoas. É muito fácil viver a vida de forma passiva, agindo sem decidir cuidadosamente o que se está fazendo com ela e porquê. Quantas pessoas você conhece que, apesar de desmotivadas, seguem no velho emprego, ou que tem filhos sem querer ou por acidente, ou que passam horas intermináveis de “lazer” em frente à TV – já que é a forma mais prontamente disponível de relaxamento – ou que seguem uma rotina de vida que, de fato, não gostam, mas que já se tornou um hábito?

Muitas vezes, as metas são incorporadas às promessas de ano novo como exceções a uma vida governada por forças passivamente aceitas – uma rotina não examinada, desejos de curto prazo ou “deveres”. É a abordagem passiva à felicidade que faz com que as promessas se esgotem e se percam na confusão da vida abandonada devido à motivação perdida. Para além de seu impacto sobre as promessas de ano novo, a abordagem passiva à felicidade é a razão pela qual muitos passam pela vida sem nunca conseguir – ou mesmo saber – o que realmente querem.

É uma triste ironia que aqueles que não escrevem promessas de ano novo têm fracassado justamente por reforçarem a abordagem passiva que faz com que tantas promessas – e tantos sonhos – não se realizem. A solução para os fracassos das metas/promessas de ano novo não é deixar de fazê-las, mas sim complementá-las com uma promessa maior – um compromisso com uma vida de metas dirigidas.

Nesse ano novo, resolva pensar sobre como tornar sua vida melhor, não apenas uma vez por ano, mas todo dia. Resolva definir metas, não só em um ou dois aspectos da vida, mas em todos os aspectos importantes como um todo. Se você fizer isto, resolverá a questão mais importante de todas: levará a sua felicidade a sério.

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Traduzido por Josiberto Benigno.

Revisado de Matheus Pacini.

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