Israel tem direito moral a sua existência?

[O texto data-se de 2002, entretanto, continua tão válido quanto na época]

Após outro atentado suicida terrível em Israel, dessa vez contra um ônibus escolar, deixando 19 crianças mortas e muitos feridos, cuja autoria foi assumida pelo Hamas – os políticos dos Estados Unidos ainda insistem em buscar uma solução diplomática equilibrada.

Nos últimos 18 meses, mais de seis milhões de cidadãos de Israel sofreram 12.480 ataques terroristas. Eles enterraram mais de 400 vítimas – um número de mortes per capita 6x maior do que o 11 de setembro. No entanto, em um ato abominável de injustiça, Israel continua a ser pressionada pelos Estados Unidos a fazer concessões para Yasser Arafat, o patrono desses ataques terroristas. No longo prazo, isso significa que Israel está sendo pressionada a sacrificar o seu direito básico de existir.

Devemos apoiar o direito de Israel tomar qualquer atitude militar necessária para se defender de seus inimigos niilistas. Moral e militarmente, Israel é a linha de frente na guerra contra o terrorismo. Se os EUA é influenciado pela retórica vazia de Arafat, e permite que ele continue ameaçando Israel, a nossa campanha contra o terrorismo se tronará pura hipocrisia e, em última instância, fracassará.

Considere os fatos e os julgue por si mesmo:

  • Os israelenses e os palestinos não são moralmente iguais

Israel é o único país livre em uma região dominada por monarquistas árabes, teocracias e ditaduras. São apenas os cidadãos de Israel – árabes e judeus – que têm o direito de expressar suas opiniões, criticar seu governo, formar partidos políticos, publicar jornais privados e realizar eleições livres. Quando as autoridades árabes negam as liberdades mais básicas para o seu próprio povo, é ridículo vê-los afirmar que Israel está violando os direitos dos palestinos. Todos os cidadãos árabes realmente preocupados com os direitos humanos devem, como sua primeira ação, buscar derrubar seus próprios governantes despóticos e adotar o tipo de sociedade livre que caracteriza Israel.

  • Desde a sua fundação, Israel tem sida vítima:

Desde a sua fundação, em 1948, Israel esteve presente em cinco guerras – todas em autodefesa – contra 22 ditaduras árabes hostis, além de ter sido atacado repetidamente por terroristas palestinos. Arafat é responsável pelo sequestro e assassinato de crianças israelenses em idade escolar, pelo sequestro de aviões, por carros-bomba e pelos esquadrões da morte que assassinam milhares de israelenses, americanos, libaneses e palestinos. Hoje, ele patrocina diversos grupos terroristas como o Hamas, a Jihad Islâmica e as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa.

O território que Israel está “ocupando” foi capturado em uma guerra iniciada por seus vizinhos árabes. Como qualquer vítima de agressão, Israel tem o direito moral de invadir quanto território for necessário para proteger-se contra ataques. Os palestinos querem aniquilar Israel, enquanto Israel quer simplesmente ficar em paz. Se há uma falha moral por parte de Israel, é insistir em não tomar medidas militares mais fortes. Se é correto que os Estados Unidos bombardeiem redutos da Al-Qaeda no Afeganistão – e é, então é igualmente justificável que Israel bombardeie redutos terroristas nos territórios ocupados.

  • O ódio a Israel e aos Estados Unidos, é um ódio aos valores ocidentais:

Como a guerra dos Estados Unidos contra o Taliban e a Al-Qaeda, o conflito árabe-Israelense é um conflito entre filosofias diametralmente opostas. De um lado, estão as forças do misticismo medieval, do tribalismo, da ditadura – e do terror; de outro, estão as forças da razão, do individualismo, do capitalismo – e da civilização. Arafat e seus simpatizantes odeiam Israel pela mesma razão que Osama bin Laden e seus simpatizantes odeiam os Estados Unidos: por abraçarem valores seculares, valores ocidentais. Nenhum “processo de paz” é possível.

Essa não é uma batalha étnica entre judeus e árabes: é uma batalha moral entre os que valorizam o direito do indivíduo ser livre e aqueles que não o valorizam. Os árabes que valorizam a liberdade individual são inimigos do regime de Arafat e merecem ser adotados por Israel; os judeus que não valorizam a liberdade individual merecem ser condenados por israel.

  • Os israelenses tem direito ao seu território:

Apenas Israel tem o direito moral de estabelecer um governo nessa área – em razão não de uma herança étnica ou religiosa, mas de um princípio racional secular. Apenas um Estado baseado na liberdade política e econômica tem legitimidade moral. Ao contrário do que os palestinos estão buscando, não pode haver nenhum “direito” de se estabelecer uma ditadura.

Em relação aos legítimos proprietários de determinados trechos de propriedade, os fundadores de Israel – assim como os colonos no oeste americano – ganharam a posse da terra por desenvolvê-la. Eles chegaram em uma região desolada, despovoada, e drenaram os pântanos, irrigaram o deserto, cultivaram a terra e construíram cidades. Eles trabalharam em terras não reclamadas, ou compraram de seus devidos proprietários. Eles introduziram indústrias, livrarias, hospitais, galerias de arte, universidades e o conceito de direitos individuais. Aqueles árabes que abandonaram suas terras, com o intuito de se juntar à cruzada militar contra Israel perderam todo o seu direito de propriedade. E se houver quaisquer árabes pacíficos que foram despejados de sua propriedade, eles devem ter o direito de entrar com ações nos tribunais de Israel – nação que, ao contrário das autocracias árabes, tem um poder judiciário objetivo e independente – um judiciário que reconhece o princípio dos direitos de propriedade.

  • Os palestinos não são “guerreiros da liberdade”:

Os palestinos querem um estado, não para garantir a sua liberdade, mas para perpetuar o reinado ditatorial da AP de Arafat. A “polícia” de Arafat expropria brutalmente propriedades, bem como silencia os pontos de vista contrários fechando estações de rádios e TVs. Ela prende, tortura e assassina dissidentes pacíficos. Chamar os militantes palestinos de “guerreiros da liberdade” – quando apoiam a subjugação do seu próprio povo, quando deliberadamente assassinam crianças nas ruas e alegremente louvam tal depravação – é uma perversão entorpecente.

  • Os palestinos têm consistentemente procurado destruir Israel.

Em 1947, os palestinos rejeitaram a oferta da ONU por um território maior do que estão exigindo agora. Em vez disso, eles se juntaram em uma guerra destinada a varrer Israel do mapa. E, desde então, essa hostilidade só cresceu. Por exemplo, em um sermão transmitido pela televisão pública um líder palestino declarou: “se Deus quiser, esse injusto Estado (de) Israel, será apagado.” Livros didáticos palestinos estão cheios de vil propaganda antijudaica, como esta exortação de um texto em língua árabe de quinta série: “a Jihad contra os Judeus é o dever religioso de todo homem e mulher muçulmano”.

  • Um Estado Palestino sob Arafat se tornaria uma base para o terrorismo:

Um Estado Palestino liderado por Arafat seria uma plataforma de lançamento, e um campo de treinamento para organizações terroristas visando, não só a Israel, mas também aos Estados Unidos. Forçar os israelenses a aceitar um estado palestino sob Arafat é como forçar os americanos a aceitar um Estado do tamanho do México, poucos quilômetros de Nova York, regido por Osama bin Laden. Enquanto os palestinos sancionarem a agressão, eles não devem ter o direito de ter o seu próprio Estado.

Palavras sem sentido de Arafat não restaurarão a vida das vítimas de seu terrorismo – seja no passado ou no futuro.

Para o seu próprio bem, os Estados Unidos deve permitir que Israel use seu princípio da autodefesa:

O crescente clamor para que Israel negocie com Arafat vem de uma inescrupulosa variedade de pensamentos do momento. Render-se à extorsão – “terra por paz”, endossam os progressistas – é profundamente imoral e impraticável. Na versão de 1938 de “terra por paz”, a Alemanha Nazista foi tranquilizada em troca da Checoslováquia, e o resultado foi o de encorajar Hitler a começar uma guerra mundial.

O conflito árabe-israelense poderia tornar-se um ensaio para um conflito global mais amplo. Se os Estados Unidos resolvesse apoiar Arafat em detrimento de Israel, como os EUA poderiam justificar a retaliação contra seus próprios inimigos? Se forçar Israel a apaziguar Arafat, estaremos gritando para o mundo, em alto e bom som, que o terrorismo pode também colocar os Estados Unidos de joelhos.

Devemos exortar o nosso governo a reconhecer que existe apenas um meio de alcançar a paz no Oriente Médio a longo prazo: respeitando o princípio de uma sociedade livre, o que implica o aval de uma retaliação arrebatadora de Israel contra o flagelo do terrorismo.

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Tradução de Ayn Rand Brasil

Revisão de Matheus Pacini

Publicado originalmente em Ayn Rand Institute

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