Indivíduo e ordem espontânea

Existem um território, um povo e um governo. Neste território, cada indivíduo deve ser livre para associar-se com quem quer que seja. A cooperação pode ocorrer na criação de riqueza inexistente ou quando alguém troca parte da riqueza que lhe pertence para adquirir algo que tenha mais valor do que aquilo que tinha, mas que não lhe interessa mais.

Essa associação voluntária cria o que se costuma chamar de ordem espontânea, em que as vontades e interesses individuais, manifestados livremente, são respeitados, seja no sentido da sua realização de forma independente ou associada, seja na recusa de fazer parte de tal associação.

A ordem espontânea em qualquer sociedade só pode ser preservada onde há leis e um governo que protegem as pessoas para que não sejam impedidas de alcançar seus propósitos, tampouco que sejam obrigadas a fazerem o que não querem mediante coerção. Coerção que pode se dar através do uso da força ou de fraude.

O único papel do governo, em uma sociedade organizada sob o ideal da ordem espontânea baseada na ação livre e voluntária dos indivíduos que a compõem, é impor a lei. Lei cuja natureza e finalidade é proteger os direitos individuais inalienáveis, sendo sua constituição simples, objetiva, prospectiva e de igual aplicação a qualquer um que ouse infringi-la, independentemente de quem for.

Qualquer coisa diferente disso fere o primado do Estado de Direito e, portanto, rompe com qualquer ordem espontânea porque violará necessariamente os direitos individuais que se quer proteger para que cada indivíduo na sociedade possa viver com aquilo que merece e que pensou e agiu para obter legitimamente.

Uma sociedade de ordem espontânea, em que os indivíduos são livres para criar e produzir os valores que realizarão seus sonhos, é o caminho da prosperidade. É um caminho em que todos, mesmo e principalmente os mais vulneráveis, poderão viver o melhor o que suas vidas puderem proporcionar.

A felicidade em maior grau, numa sociedade assim, não advém do utilitarismo que se pode ver em que a liberdade predomina, mas sim do ambiente de liberdade em si.

Seres racionais, buscando satisfazer seu autointeresse em um ambiente em que a liberdade e a propriedade são respeitadas, encontram ali o único tipo de moralidade compatível com a natureza humana, a ética individualista que reconhece o ser humano como indivíduo um fim em si mesmo.

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Revisado por Matheus Pacini.

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