Egoísmo racional em um minuto

Ayn Rand propõe uma teoria ética radical: a teoria científica e objetiva do egoísmo racional. Como Ayn Rand justifica sua teoria?

O que é um código moral?

Moralidade é um código de regras ou princípios para guiar as ações de um indivíduo. Antes de decidir quais princípios pelos quais um homem deve viver, qualquer teoria moral deve justificar a sua própria existência, o porquê é necessária. Ela é uma invenção arbitrária, ou tem alguma base na realidade? Ela é universalmente verdadeira ou diferente para cada pessoa? De acordo com o Objetivismo, a moralidade é objetiva: ela é derivada de nossa própria natureza humana.

A vida é o padrão de valor

Todas as entidades vivas devem satisfazer alguns requisitos (alimento, teto, ar, etc) de sobrevivência. Isso é o que nos diferencia da matéria inanimada. A vida é um processo contínuo de ação, focado em objetivos. Só coisas vivas confrontam a possibilidade da morte e, portanto, a necessidade de realizar valores para sua sobrevivência. Só para seres vivos algo pode ser bom ou ruim. O fato de a vida ser condicional é a base do valores.

Valores são automáticos para seres não volicionais

Os valores necessários para a vida são específicos à natureza de cada ser: peixes precisam de água e minhocas; homens necessitam de alimento, roupas e moradia. Animais têm garras, presas, pelos e outras particularidades que lhes permitem sobreviver na natureza: são seus meios de sobrevivência. Para outros animais não humanos, valores são automáticos: seus instintos lhes dizem que devem agir de certa forma (caçar, correr, reproduzir) de modo a sobreviver. Animais não precisam e nem são capazes de moral por agir de acordo com seu instinto.

Para o ser humano, a mente racional e consciente é a principal ferramenta de sobrevivência

Seres humanos vivem pelo uso da mente como ferramenta primária de sobrevivência. Perseguimos objetivos de longo prazo para alcançar os valores necessários para nossa vida. Imagine um ser humano tentando viver sem escolher seus valores, como outro animal qualquer: agiríamos de acordo com os caprichos de nossa vontade, dia após dia. Sentiríamos vontade de comer, reproduzir, lutar e temer. Mas humanos têm impulsos, não instintos – depende de nossa mente decidir como alcançar valores. Para um ser humano na natureza, viver sem objetivos de longo prazo é suicídio.

A Ética oferece uma base para realização de objetivos de longo prazo

Para agir de forma consistente na conquista de valores de longo prazo, é necessário um conjunto de princípios que guiem nossa vida: um código moral. Precisamos reconhecer os fatos relevantes de nossa natureza como seres humanos, respeitando-os ao longo de nossa vida. Reconhecer e agir de acordo com a realidade é viver racionalmente. Moralidade é um meio para um fim – o fim sendo a vida. Se você deseja viver, então, deve ser racional. O propósito da moralidade é permitir que você desfrute uma vida plena e feliz.

Racionalidade é a virtude primária

A ética objetivista reconhece a racionalidade como virtude primária do homem, e sua realização produtiva como seu propósito central. Para permanecer vivo, o homem deve focar nos fatos, agindo de acordo. A escolha de pensar e agir racionalmente é a base das virtudes e da vida, e a escolha de evadir a realidade, e abandonar a razão, é a base do mal. A racionalidade é a virtude primária, da qual todas as outras derivam, e o beneficiário correto dos valores é o próprio indivíduo (e não o próximo).

Felicidade é o propósito moral mais elevado

De acordo com o Objetivismo, cada pessoa deveria agir para alcançar os valores requeridos por sua própria vida, nem se sacrificando pelos outros, nem sacrificando os outros para si. Realização produtiva é o propósito central da vida, que integra todos os seus outros valores. Virtudes tais como produtividade, independência, honestidade, integridade e justiça são aspectos de racionalidade: viver de acordo com os requisitos da vida como ser humano. Felicidade é o resultado da realização de valores, o propósito moral mais elevado do indivíduo.

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Traduzido por Matheus Pacini.

Publicado originalmente em Liberty.Me.

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